2011-03-30 12:53:25

Bento XVI pede fim da violência na Costa do Marfim e envia presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz ao país africano


(30/3/2011) O Papa expressou hoje a sua preocupação com a população da Costa do Marfim, atingida por dolorosas lutas internas e graves tensões sociais e políticas”.
Na audiência geral , falando em francês, Bento XVI lançou um apelo “insistente” para que seja iniciado “o mais rapidamente possível um processo de diálogo construtivo para o bem comum”.
Depois de exprimir a sua "proximidade” às pessoas que perderam “um ente querido” e que são atingidos pela violência, o Papa sublinhou que “nenhum esforço deve ser poupado” para restabelecer “o respeito” e a “coabitação pacífica” no país.
Na alocução em língua francesa, Bento XVI anunciou que decidiu enviar à Costa do Marfim o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, cardeal ganês Peter Turkson, para que manifeste a “solidariedade” da Igreja católica às vítimas do conflito “e encoraje a reconciliação e a paz”.

O presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, pediu esta terça-feira um "cessar-fogo imediato" e a "abertura de um diálogo" com o seu rival Alassane Ouattara, reconhecido presidente pela comunidade internacional, e cujas forças estão a progredir no sul do país.
Milhares de pessoas estão a fugir para a Libéria, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados teme que estes deslocamentos destabilizem este país, a recuperar de duas guerras civis.
A Guiné-Conacri e o Gana também estão a acolher muitos refugiados devido à escalada de violência pós-eleitoral, que provocou a morte a mais de 460 pessoas e quase um milhão de deslocados só numa cidade.
“Pode haver até um milhão de pessoas deslocadas em Abidjan e nos arredores, sem contar as inúmeras pessoas no Oeste do país”, revelou a porta-voz do Alto Comissariado para os Refugiados, Melissa Fleming, citada pela Euronews.
A França apresentou sexta-feira ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução para reforçar a missão dos soldados ao serviço daquela Organização na Costa do Marfim, proibir o uso de armas pesadas em Abidjan e intensificar as sanções contra Laurent Gbagbo, que recusa abandonar o poder.








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