2011-03-29 20:25:51

NOVO PATRIARCA DA IGREJA MARONITA: LÍBANO NÃO SEJA MONOPOLIZADO POR NINGUÉM


Beirute, 29 mar (RV) - "A nossa terra não é para um grupo, para um partido ou uma comunidade somente, não deve ser monopolizada por ninguém, porque ser monopolizado por um grupo é uma humilhação para todos": foi o que afirmou o novo Patriarca da Igreja maronita, Dom Béchara Boutros Raï, na cerimônia de posse, realizada dias atrás na sede patriarcal de Bkerké.

"A grandeza da glória do Líbano está na diversidade de suas famílias espirituais e em sua riqueza. Não falo de diversidade das suas confissões porque elas foram maculadas por colorações políticas que mancharam a sua santidade, a pureza de fé e a espiritualidade de sua religião" – acrescentou o Patriarca.

Falando dos mais altos cargos institucionais do Líbano, Dom Béchara reiterou a necessidade de se "trabalhar junto aos países do Oriente Médio, aos líderes, para preservar e reforçar as nossas relações solidárias com o mundo árabe, para estabelecer um diálogo completo e sincero com os nossos irmãos muçulmanos e para construir um futuro na vida em comum e em cooperação".

De fato, para o Patriarca maronita "um único destino une cristãos e muçulmanos no Líbano e nos países da região, com um patrimônio comum. Por isso, acompanhamos com ansiedade os protestos em andamento nos países árabes, sentimos pesar pelas vítimas e pelos feridos e rezamos pela estabilidade e pela paz".

Em seguida, o Patriarca maronita afirmou querer dar continuidade ao trabalho feito por seus "predecessores nestes 1.600 anos, buscando melhorar e realizar as decisões assumidas pelos Sínodos e pelas várias instituições sociais e educacionais eclesiais no Líbano, no Oriente Médio e no mundo".

Segundo a agência de notícias Sir, o novo Patriarca da Igreja maronita colocou os jovens no centro de seu programa: "um milhão e trezentos mil estudantes que frequentam escolas e universidades e que representam o nosso futuro e a esperança da nossa Igreja e da nossa pátria" – ressaltou. Com eles, também "as famílias, células fundamentais da sociedade e igrejas domésticas".

"A nossa força está também em nossos bispos e em nossos sacerdotes, religiosos e religiosas, nas vocações para a vida consagrada e para o sacerdócio" – concluiu. (RL)







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