2011-03-26 13:24:13

A Igreja apoia os esforços para garantir um trabalho seguro e digno, disse Bento XVI aos trabalhadores de Terni


(26/3/2011) Bento XVI recebeu neste sábado em audiência um grupo de peregrinos da Diocese italiana de Terni-Narni-Amelia, que comemoram 30 anos da visita do Papa João Paulo II aos estabelecimentos siderúrgicos da cidade.

O Papa saudou o grupo, acompanhado pelo Arcebispo Dom Vicente Paglia, recordando o amor especial de João Paulo II pelo mundo do trabalho; o seu encorajamento, solidariedade, amizade e carinho pelos operários. O Pontífice recordou que no dia da sua eleição, ele mesmo se definiu um “humilde trabalhador da vinha do Senhor”.

No discurso, o Papa referiu-se á crise de hoje, afirmando que sente a preocupação que os operários trazem no seu coração, e disse estar a par da responsabilidade e da participação da Igreja diocesana, comunicando a esperança do Evangelho e a força para construir uma sociedade mais justa e digna do homem.

Neste sentido, salientou a importância da Eucaristia que salva o mundo, fazendo-o viver a alegria da fé e a paixão por melhorá-lo. A Eucaristia do Domingo é o fulcro da acção pastoral da Diocese, “viver de modo eucarístico significa viver como uma família, um único Corpo, uma sociedade de amor”.

“Neste horizonte – disse o Papa – insere-se o tema do trabalho e dos seus problemas, sobretudo o que mais preocupa hoje: o desemprego.
É importante ter sempre presente que o trabalho é um dos elementos fundamentais, tanto da pessoa humana como da sociedade. As difíceis e precárias condições do trabalho tornam difíceis e precárias as condições da própria sociedade, as condições do viver ordenado segundo as exigências do bem comum.

Outro problema tocado por Bento XVI foi a segurança no trabalho, uma realidade à qual é preciso prestar atenção, para que a trágica série de incidentes seja interrompida.
Em seguida, o Papa falou também do problema da precariedade profissional entre os jovens.

Bento XVI manifestou-se muito próximo das preocupações e ansiedades dos operários, auspiciando que na lógica da gratuidade e da solidariedade, os momentos difíceis possam ser superados e seja garantido um emprego seguro, digno e estável para todos.

Finalmente recordou que o trabalho ajuda a sentirmo-nos mais perto de Deus e dos outros, e lembrou que Jesus foi um operário, tendo passado grande parte da sua vida terrena em Nazaré, na marcenaria de José.

Na sua visita de há 30 anos a Terni, João Paulo II falara do “Evangelho do trabalho”, afirmando que o Filho de Deus, tornando-se homem, trabalhou com as próprias mãos. A sua foi uma verdadeira fatiga física, ocupou a maior parte da sua vida nesta terra, e assim, entrou na obra de redenção do homem e do mundo.

“O trabalho deve ser entendido na perspectiva cristã, em vez de ser visto apenas como um meio de lucro, ou de exploração, como acontece em muitas partes do mundo, onde é ofendida a própria dignidade da pessoa. Em relação ao trabalho aos domingos, o Papa referira-se ao risco de que o ritmo do consumo possa subtrair-nos o sentido da festividade e do Domingo como dia do Senhor e da comunidade








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