IGREJA E SOCIEDADE COLOMBIANA CONTRA VIOLÊNCIA ARMADA
Bogotá, 25 mar (RV) - Foi lançada, nesta quinta-feira, em Bogotá, na sede da
Conferência Episcopal da Colômbia, a Declaração da Sociedade Civil sobre a redução
da violência armada e a promoção do desenvolvimento no país.
O documento foi
elaborado pela Campanha Colombiana Contra as Minas (CCCM), pela Rede Nacional de Iniciativas
pela Paz e contra a Guerra (Redepaz), pela Comissão Colombiana de Juristas (CCJ),
pelo Centro de Pesquisa e Educação Popular (CINEP), pelo Secretariado Nacional da
Pastoral Social (SNPS/Caritas Colombiana), pelo Centro de Recursos para a Análise
de Conflitos (Cerac) e contou também com o apoio do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD).
Com a assinatura dessa declaração, pretende-se promover
o compromisso individual e comunitário a fim de trabalhar para identificar e construir
mecanismos que ajudem na redução efetiva e duradoura da violência armada, promovendo
o desenvolvimento e a construção da paz na Colômbia.
Será realizado, nesta
sexta-feira, na Universidade do Rosário, o Fórum Internacional intitulado "Menos armas
e mais desenvolvimento". Segundo a imprensa local, a Colômbia vive uma situação muito
delicada em relação à violência dos grupos armados, e a Igreja católica sempre exerceu
um papel importante na mediação e negociação com diversos grupos.
O Arcebispo
de Bogotá, Dom Rubén Salazar Gómez, Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia
(CEC), reiterou que a Igreja estará presente como instrumento para facilitar o processo
de paz, "no momento em que for realmente iniciado um processo de paz com a guerrilha".
Durante a 90a Assembleia Plenária dos bispos colombianos, realizada em fevereiro
passado, Dom Gómez se disse confiante de que o presidente colombiano, Manuel Santos,
possa ver a paz não apenas como um sentar-se à mesa com a guerrilha, mas na ótica
de criar no país todas as condições necessárias para resolver o conflito.
"Não
existe somente o conflito armado, mas também o conflito social, como a pobreza, a
má distribuição de renda e de terras, e vários outros. Os problemas de nosso país
são muito complexos, amplos e variados, e o nosso presidente sabe muito bem que estes
problemas devem ser enfrentados em sua complexidade, a fim de criar as condições de
paz" – concluiu Dom Gómez. (MJ)