2011-03-19 12:17:21

LÍBIA: AJUDA DA IGREJA AOS QUE FOGEM DAS VIOLÊNCIAS


Roma, 19 mar (RV) - A Comissão Católica Internacional para as Migrações (ICMC) não poupa esforços no sentido de atender a um número cada vez maior de pessoas que tentam escapar ao clima de violência na Líbia após os recentes conflitos.

“A rapidez e o nível a que se tem desenvolvido esta crise humanitária representa para nós um grande desafio, face aos mecanismos que temos na região” realça Linda Besharaty, coordenadora do Programa de Desenvolvimento da ICMC, num comunicado oficial publicado ontem e divulgado em português pela Agência Ecclesia da Conferência Episcopal de Portugal.

Desde 15 de fevereiro, a contestação ao regime de Muamar Kadafi já provocou centenas de mortes e desencadeou um êxodo enorme, por parte das populações líbias, em busca de segurança.

O número de refugiados, somado aos pedidos de asilo emitidos, já chega a cerca de 11 mil pessoas, segundo os últimos dados recolhidos por aquela organização católica.

A maior parte destas populações em risco tem-se concentrado em dois campos de refugiados das Nações Unidas, situados no Egito e na Tunísia, informou a Agência Ecclesia.

Para solucionar esta questão, a ICMC já enviou para lá um grupo de peritos, com o objetivo de, sobretudo, “identificar as pessoas que se encontram em situação mais vulnerável e que têm poucas ou nenhumas hipóteses de integração local ou repatriação voluntária”.

“Para essas pessoas e suas famílias, a transferência para um terceiro país, mais seguro, poderá ser a única solução crível, especialmente nos casos em que há crianças envolvidas, idosos ou mulheres que precisam de cuidados médicos” salienta o comunicado da ICMC.

A Comissão Católica Internacional para as Migrações, com a aprovação da Santa Sé, trabalha com refugiados, deslocados e imigrantes forçados de todas as raças, credos e nacionalidades, abrangendo uma rede com mais de 300 especialistas em matéria de reinstalação.

A ICMC foi fundada em 1951, pelo então Arcebispo Montini (depois Papa Paulo VI) após a grande e trágica mobilidade de pessoas na Europa, sobretudo, Oriental, causada pela II Guerra Mundial. (SP)







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