(18/3/2011) Agência Internacional da Energia Atómica anunciou que o Japão subiu o
nível do acidente em Fukushima do nível 4 para o nível 5. Uma equipa de 300 pessoas
continua a tentar refrigerar os reactores avariados da central de Fukushima, no Japão,
mas a única solução definitiva que é agora apontada é a construção de um sarcófago
de betão que encerre definitivamente os reactores e evite as fugas radioactivas. O
nível cinco significa que a situação em Fukushima é um "acidente com amplas consequências",
segundo a Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos. Segundo esta escala,
os eventos classificados de 1 a 3 são chamados "incidentes"; de 4 a 7 são chamados
"acidentes". A classificação foi concebida para que a "gravidade de um evento seja
cerca de dez vezes maior de nível para nível", explica a Agência Internacional de
Energia Atómica. Segundo a escala, o nível 5 significa, para as pessoas e o Ambiente,
"uma fuga limitada de material radioactivo que poderá exigir a implementação de medidas"
e ainda "várias mortes por radiação". A nível de infra-estruturas, significa "danos
graves do núcleo dos reactores", "libertação de grandes quantidades de material radioactivo
numa instalação" que poderá ter sido causada por um acidente ou incêndio. Hoje,
o director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Yukiya Amano, confirmou
que em Fukushima se vive uma corrida contra o tempo para tentar arrefecer os reactores
da central, danificada pelo sismo e tsunami.