150 ANOS DA UNIFICAÇÃO ITALIANA: HOMENAGEM A ANITA E GARIBALDI
Cidade do Vaticano, 17 mar (RV) - Os 150 anos da Unificação da Itália, celebrados
hoje, 17 de março, é uma data importante a ser lembrada também por nós, brasileiros.
Além de termos na formação do nosso povo uma grande influência da cultura italiana
levada pelos colonos, dois dos grandes nomes que fizeram a unidade da Itália também
lutaram por causas do Brasil. Ele italiano, ela brasileira de Santa Catarina. Estamos
falando de Giuseppe e Anita Garibaldi.
Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita
Garibaldi, foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida
como a "Heroína dos Dois Mundos". Ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais
fortes e corajosas da época.
Essa história começou quando Garibaldi chegou
ao Brasil, em 1835. Ele lutava pela independência e pela unificação dos diversos Estados
da península itálica e, por isso, estava sendo perseguido e jurado de morte. Assim
fugiu para a América do Sul, desembarcando no Rio de Janeiro nessa data, período alto
da colonização italiana no Brasil.
Seguiu para o Rio Grande do Sul depois
de conhecer Bento Gonçalves, a quem foi visitar na cadeia, juntando-se aos republicanos
da Revolução Farroupilha que lutavam contra as forças imperiais. Juntamente com o
General Davi Canabarro, tomou o Porto de Laguna, em Santa Catarina, onde proclamaram
a República Juliana.
Durante a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul,
também conhecida como a Guerra dos Farrapos (1835-1845), Garibaldi, a serviço da República
Rio-Grandense, participou da tomada do porto de Laguna, na então Província de Santa
Catarina. Lá ele conheceu Anita, que a ele uniu-se e passaram a combater juntos em
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu) e Itália. A Revolução acabou,
muita história se passou e, em 1848, Garibaldi e Anita voltaram à Itália para combater
os exércitos austríacos na Lombardia (norte da Itália) e dar início à luta pela unificação
italiana.
Nessa época eles tinham 3 filhos. Deixando os filhos com a mãe de
Giuseppe, na França, Anita foi à luta junto com o marido. Veio ainda um quarto filho.
Mais tarde, doente, fugindo dos adversários e grávida do quinto filho, morreu no parto
junto com a criança, em 4 de agosto de 1849.
Considerada, no Brasil e na Itália,
um exemplo de dedicação e coragem, em sua homenagem, dois municípios receberam o seu
nome no Estado de Santa Catarina. Um se chama exatamente como ela, Anita Garibaldi,
o outro, Anitápolis. Além disso, muitas cidades no país possuem ruas com seu nome.
Em Roma, na colina do Gianicolo, que se debruça sobre a cidade, ela e Giuseppe
Garibaldi têm dois monumentos em sua homenagem. Anita está representada em uma estátua
carregando um filho em um braço e um revólver em outro. Este é também o local onde
ela está sepultada.(ED)