2011-03-16 12:50:47

COSTA DO MARFIM: DESASTRE HUMANITÁRIO


Cidade do Vaticano, 16 mar (RV) - Na Costa do Marfim corre-se o risco de uma tragédia humana de proporções gigantescas. Continuam no país africano os combates entre facções de Laurent Gbagbo, o presidente em fim de mandato, que foi derrotado nas eleições de novembro passado, mas que não quer abandonar o poder, e de Alassane Ouattara, que saiu vencedor das urnas, reconhecido pela comunidade internacional. A diplomacia internacional está preocupada com a situação sem qualquer vislumbre de abertura ao diálogo.

Entretanto, seriam cerca de 500 mil os deslocados que estão fungindo dos combates. Pessoas que necessitam de tudo, e para as quais estão se mobilizando as paróquias locais, a Caritas e as organizações humanitárias. O que pode a comunidade internacional fazer para resolver esta situação? A Rádio Vaticano ouviu o Núnico Apostólico na Costa do Marfim, Dom Ambrose Madtha:

R. - Infelizmente a Costa do Marfim foi um pouco esquecida. Há mais de três meses, existe uma situação muito preocupante do ponto de vista político, social e humanitária.

P. - Qual é a magnitude do desastre?

R. - A situação política causou muitos refugiados dentro do país, como também fora do país: muitas pessoas fugiram da região oeste do país, em direção da Libéria. De acordo com o relatório da Caritas Internationalis, há muitas pessoas entre a Libéria e a Costa do Marfim. Também dentro da mesma Costa do Marfim, em muitas paróquias, existem refugiados que foram expulsos de suas áreas, porque queimaram as suas casas. A Igreja está tentando fazer todo o possível para ajudar os refugiados. Está se verificando um verdadeiro desastre...

P. - O que precisam essas pessoas que deixaram suas casas?

R. - Eles precisam de tudo, porque deixaram tudo em suas casas: talvez levaram apenas algumas roupas para seus filhos. Por primeiro, necessitam de alimento e também de medicamentos. A União Europeia impôs um embargo e agora é difícil até mesmo encontrar os medicamentos necessários para a situação da saúde no país: existe a malária, o cólera e outras doenças. (SP)







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