2011-03-16 12:48:25

CARTA DO PRIMAZ ANGLICANO


Cidade do Vaticano, 16 mar (RV) - Preocupação e angústia - refere o jornal vaticano L'Osservatore Romano - foram expressas pelo Arcebispo anglicano de Cantuária, Dr. Rowan Williams, em uma carta enviada a vários chefes da Comunhão Anglicana, devido às ameaças diárias e às perseguições contra os irmãos e irmãs cristãos que vivem em países com maior risco no mundo. Por ocasião da Páscoa que se aproxima o Arcebispo Williams convidou todos os fiéis a "rezarem para que nos aproximemos ainda mais da realidade do amor de Cristo e de seu sacrifício por nós, a fim de que seu espírito nos atinja de modo mais poderoso e nos permita compartilhar esse amor com o mundo. Nossos pensamentos – explica o primaz da Comunhão Anglicana - são dirigidos especialmente aos líderes e aos povos do Oriente Médio e de Jerusalém, obrigados a enfrentar diariamente instabilidades e incertezas. Recordamos também o nosso bispo de Jerusalém, ainda à espera de uma clarificação do seu direito de residência. Pensamos com angústia nos sofrimentos e angústias da Igreja no Paquistão, no âmbito dos brutais assassinatos que se verificaram nas últimas semanas”.

Os contínuos ataques contra as comunidades cristãs em algumas partes da Nigéria são uma fonte de profunda angústia e preocupação com a Comunhão Anglicana. A este propósito, Williams lembrou o recente encontro com o primaz anglicano na Nigéria, durante o qual eles discutiram a necessidade dos cristãos ao redor do mundo de manter alta a atenção sobre este assunto com os seus governos. “No Zimbabwe - continua a carta - a nossa comunidade ainda está sob constante ataque por causa da sua posição corajosa pela justiça. No sul do Sudão, após o referendo, que foi mais calmo do que nós ousamos esperar, se deve enfrentar o enorme desafio de contribuir para a formação de uma nova nação. A atual situação na área de Abyei evidencia que o risco de novos conflitos e deslocamentos de populações está longe de ser uma coisa do passado. Agradecemos os nossos irmãos e irmãs que continuam a trabalhar num espírito de sacrifício nas situações de desastres naturais, mostrando como o amor de Deus em Cristo pode inspirar uma preocupação verdadeira e valiosa para toda a comunidade”.

Uma oração especial, na mensagem escrita antes dos trágicos acontecimentos no Japão, é também dirigida aos cidadãos de Christchurch, Nova Zelândia, após o terremoto que causou muitas vítimas e destruiu a catedral, junto com muitas outras igrejas anglicanas.

“Ali, como no Haiti e Paquistão no ano passado, a Igreja demonstrou para além de qualquer dúvida que é uma presença eficaz na ajuda de uma comunidade devastada. O cenário que está diante de nós – continua Williams - é em muitos aspectos escuro. Mas o que é milagroso, como sempre, é a fidelidade dos fiéis em meio a esses acontecimentos. Os cristãos no Paquistão ou no Egito ainda continuam teimosamente a amar seu vizinho e seu inimigo e se recusam a se adaptar aos modelos do mundo. Estes eventos também nos lembram da importância da fraternidade em todo o mundo. (SP)







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