Cidade do Vaticano, 12 mar (RV) – Fiéis católicos e não católicos aguardavam
com ansiedade a “última produção literária” de Bento XVI, a segunda parte da trilogia
dedicada a Jesus de Nazaré.
Com uma tiragem de um milhão e duzentos mil exemplares
a primeira edição do livro “Jesus de Nazaré - Da entrada em Jerusalém à Ressurreição”
foi apresentada na última quinta-feira, na Sala de Imprensa do Vaticano, repleta de
jornalistas. A obra retoma a narração da vida de Jesus a partir da primeira parte,
publicada em 2007. Neste novo livro Bento XVI apresenta a morte de Cristo como reconciliação
e cura, e evoca a natureza e o significado histórico da ressurreição.
O livro
do Papa foi apresentado, entre outros pelo Prefeito da Congregação para os Bispos,
Cardeal Marc Ouellet, que afirmou ser “um trabalho que aproxima o leitor à verdadeira
face de Deus em Jesus Cristo”. “Um texto que representa a aurora de uma nova era da
exegese” teológica, mas que ao mesmo tempo despertará o interesse não só entre especialistas,
mas também entre os fiéis.
Mas a pergunta poderia surgir de modo espontâneo.
Existe ainda algo a ser dito sobre Jesus que ainda não se sabe, ou não foi dito? Pergunta
lícita e de fácil resposta.
Bento XVI, e antes ainda quando era o Cardeal Joseph
Ratzinger, sempre teve a preocupação de apresentar Jesus como a figura determinante
na história do homem, como centro da vida da Igreja dos homens de boa vontade. Nunca
é demais conhecer quem se ama. Nunca é demais penetrar no mistério daquele que se
fez carne por amor nosso. Nunca é demais absorver aquele amor que entregou a sua vida
para que tenhamos “vida em abundância”. Mas devemos também recordar, que são muitos
aqueles que ainda não conhecem Jesus e que através das páginas escritas por Bento
XVI, numa linguagem muito compreensível, podem se aproximar e conhecer a vida, a missão
e o testemunho do “Verbo que se fez carne”. O Papa não quis escrever a “Vida de Jesus”,
mas “ilustrar a figura e a mensagem de Jesus” para encontrar o verdadeiro Cristo.
A
obra, em nove capítulos, é dedicada aos momentos que precederam a morte de Jesus e
a sua ressurreição. Jesus de Nazaré é mais do que um livro, é um testemunho comovente,
fascinante e libertador. Deixamos o convite para apreciar esta nova produção intelectual
de Bento XVI, que deseja somente, aproximar o homem do Filho do Homem. (SP)