Cidade do Vaticano, 11 mar (RV) - Um milhão e duzentos mil exemplares: Esta
é a tiragem da primeira edição do livro de Bento XVI, “Jesus de Nazaré - Da entrada
em Jerusalém à Ressurreição”. O livro, que foi apresentado na tarde de ontem, quinta-feira,
na Sala de Imprensa do Vaticano, repleta de jornalistas, agora está nas livrarias
em sete línguas, às quais se acrescentará no final de março, a língua croata. Seguirá
depois a tradução em outros 13 idiomas, enquanto já está disponível na forma digital
do e-book. O livro do Papa foi apresentado à imprensa, pelo Prefeito da Congregação
para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, pelo Diretor da Sala de Imprensa, Padre Federico
Lombardi, e pelo Professor-escritor alemão Claudio Magris.
“Um trabalho que
aproxima o leitor à verdadeira face de Deus em Jesus Cristo”: assim o Cardeal Marc
Ouellet definiu a segunda parte do livro de Joseph Ratzinger sobre Jesus de Nazaré.
Um texto, disse, que “representa a aurora de uma nova era da exegese” teológica, mas
que ao mesmo tempo despertará o interesse não só entre especialistas, mas também entre
os fiéis: “Jesus de Nazaré é mais do que um livro, é um testemunho comovente, fascinante
e libertador”.
A obra, em nove capítulos, é dedicada aos momentos que precederam
a morte de Jesus e a sua ressurreição. O segundo volume do livro “Jesus de Nazaré”
de Bento XVI já está disponível em português.
Em audiência na última quarta-feira,
dia 9, no Vaticano, o diretor da Principia Editora, Henrique Mota, entregou a versão
em português ao Pontífice, juntamente com os responsáveis pelas edições nas outras
seis línguas em que o livro foi editado: alemão, italiano, inglês, espanhol, francês
e polonês.
O Papa não quis escrever a “Vida de Jesus”, mas “ilustrar a figura
e a mensagem de Jesus” para encontrar o verdadeiro Cristo, salienta o prólogo do livro.
“Buscou desenvolver um olhar sobre o Jesus dos Evangelhos e uma sequência que pudesse
tornar-se um encontro guiado pela hermenêutica da fé, mas ao mesmo tempo considerando
responsavelmente as razões históricas para que possa ser útil a todos os leitores
que querem encontrar Jesus e crer nele”.
Na obra, o Santo Padre faz numa análise
bíblica e teológica para explicar o motivo pelo qual não tem fundamento a afirmação
de que os judeus foram responsáveis pela morte de Jesus. Joseph Ratzinger começou
a escrever a obra em suas férias de 2003, antes de ser eleito Papa. (SP)