2011-03-10 12:22:20

PAPA: "QUARESMA NÃO É TEMPO DE TRISTEZA"


Cidade do Vaticano, 10 mar (RV) - Bento XVI presidiu ontem na colina romana do Aventino a procissão penitencial que abriu o tempo litúrgico da Quaresma, e oficiou a Missa das Cinzas, afirmando em sua homilia que a Quaresma não deve ser tempo de tristeza e que o mundo atual precisa de conversão.
“A opinião comum é que a Quaresma é um tempo de tristeza, cinzento. Contudo, é um dom precioso de Deus, um tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja rumo à Páscoa” – disse o Papa diante de milhares de pessoas que participaram do rito na Basílica de Santa Sabina.
Bento XVI disse ainda que “a Quaresma é um tempo de conversão e que o mundo precisa ser convertido por Deus; precisa de seu amor, já que necessita de um coração novo”.
Numa tarde ensolarada, Bento XVI deixou o Vaticano e foi ao Aventino, uma das sete colinas de Roma, e percorreu a pé todo o trajeto da Basílica de Santo Anselmo até Santa Sabina, onde recebeu e impôs as cinzas.
O Papa presidiu a procissão acompanhado por vários cardeais, bispos, monges beneditinos de Santo Anselmo e dominicanos de Santa Sabina, sacerdotes e milhares de féis. Uma vez em Santa Sabina, Bento XVI recebeu as cinzas, em sinal de conversão e penitência, das mãos do Cardeal Jozef Tomko, Prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos e titular desta igreja. Em seguida, impôs as cinzas ao Cardeal Tomko e a outros cardeais, bispos, religiosos e fiéis.
Sobre as práticas tradicionais de “esmola, oração e jejum”, o Papa alertou para o “formalismo exterior” e a tentação de querer demonstrar “superioridade”.
“Quando se realiza algum ato de bondade, surge instintivamente o desejo de sermos reconhecidos e admirados por isso. Isso, por um lado, encerra-nos em nós mesmos e, por outro, nos projeta para fora, para o que os outros pensam e admiram em nós” - disse.
Neste contexto, Bento XVI convidou a viver estas práticas “não por amor próprio, mas por amor a Deus”.
“Esmola, oração e jejum são o caminho da pedagogia divina que nos acompanha até ao encontro com o Senhor ressuscitado, um percurso que é preciso realizar sem ostentação” – acrescentou.
(CM)








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