Porto Velho, 07 mar (RV) - A Comissão Episcopal para a Amazônia é o eco que
ressoou dos apelos provindos do povo da Amazônia na voz de tantos agentes de pastorais,
missionários e bispos, por longos anos, à Igreja do Brasil. Representa também o fruto
amadurecido de iniciativas missionárias realizadas ao longo dos anos por algumas Igrejas
Particulares, dando origem ao Projeto Igrejas-Irmãs.
O primeiro objetivo da
Comissão é sensibilizar todos para a questão da Amazônia. É fazer com que o Brasil
todo volte o seu olhar para a Amazônia. Que amem este pedaço do Brasil, defendam o
que lhes é próprio, saibam de suas riquezas e dos riscos que estão aí, diante da cobiça
de muitos. Conheçam sobretudo as causas do empobrecimento do nosso povo e ajudem expulsar
as forças do mal que deixam rastros em tantas situações desumanas que ferem o direito
de cidadania de nossa gente.
O segundo objetivo é favorecer o despertar e o
aprofundar da consciência missionária, atendendo ao apelo provindo da Igreja que se
encontra na Amazônia. “Dai-nos de vossa pobreza”, com projetos de solidariedade e
programas afins, através da participação co-responsável e fraterna de todas as Dioceses.
Nas
últimas duas semanas, Porto velho sediou um Curso de Formação para Missionários para
a Amazônia, para preparar os missionários da Arquidiocese de Porto Velho (RO) e das
dioceses de Humaitá (AM), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Guajará-Mirim (RO),
Ji-Paraná (RO) e na prelazia de Lábrea (AM).
Mas quais são os maiores desafios
que um missionário encontra ao chegar à Amazônia? Quem responde é Dom Antônio Possamai,
SDB - Vice-Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB.
Vale recordar
sempre que a promoção da pessoa humana implica a defesa da vida em todas as suas formas:
a) A VIDA HUMANA em perigo, diante da lógica de exploração e a violência,
o que exige a defesa dos povos indígenas, dos seringueiros, das populações ribeirinhas;
b) A BIODIVERSIDADE ameaçada de extinção causada pelo desmatamento desenfreado,
trazendo desequilíbrios ambientais e sociais e, a biopirataria de material genético
e do extravio do conhecimento ancestral das populações nativas para as mãos dos laboratórios
estrangeiros;
c) O grande patrimônio nacional da FAUNA, FLORA e da ÁGUA, fontes
naturais de vida., o que exige a atenção à Ecologia para preservar o meio ambiente.