2011-03-06 16:54:16

CARDEAL TURKSON SOBRE REFUGIADOS DO NORTE DA ÁFRICA: "ASSEGURAR JUSTO ACOLHIMENTO" A TODOS


Roma, 06 mar (RV) - "Estimular o progresso e a equidade social, promover a paz e a justiça, promulgar a doutrina social, conduzir à consciência e à paz." Essa é a missão do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, recordada este fim de semana pelo Presidente do organismo vaticano, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, no encontro com os presidentes e os secretários-gerais das Comissões europeias justiça e paz, reunidos em Roma num Simpósio.

"Juntos – explicou o purpurado – devemos ser promotores da Doutrina social católica, instrumento privilegiado de evangelização e recurso principal para animar a Igreja local, as comunidades cristãs e os movimentos, inclusive não-católicos."

"Até mesmo dentro da situação privilegiada existente na Europa não podemos ignorar a pobreza escandalosamente grande e, infelizmente crescente, dentro de muitos países – acrescentou o prelado ganense, que recordou aos presentes a dimensão dramática da chaga da pobreza no Continente europeu."

"Segundo dados de 2009, 85 milhões de pessoas – ou seja, 17% da população europeia – vivem abaixo da linha da pobreza, manifestando, na Europa como em outros lugares, a injustiça de um mundo no qual vivem pessoas imensamente ricas e pessoas desesperadamente pobres."

Em seguida, o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz identificou no desemprego "a principal causa de exclusão social", porque "é intolerável que o número dos desempregados continue crescendo (23.127.000 em maio de 2010), ao tempo em que os trabalhadores pobres, ou seja, aqueles que não ganham o bastante para ter uma vida digna, são, na União Europeia, 15.000.000 (correspondente a 8%).

Em relação às revoltas em andamento no norte da África, o Cardeal ganense observou que "os países europeus não estão suficientemente preparados para gerir situações como as da Líbia, do Egito e da Tunísia", e reiterou a necessidade de se "garantir o justo acolhimento a todo e qualquer ser humano, especialmente necessitado, assegurando o necessário tanto aos habitantes locais quanto aos refugiados que chegam, a fim de que todos vivam de modo digno e pacífico".

De fato, para o purpurado africano "a ética desempenha um papel essencial também em âmbito econômico", e "a economia tem uma profunda necessidade de ser renovada à luz da Doutrina Social da Igreja. Devemos despertar no povo de Deus a consciência da sua missão hoje. Assim se verificará o progresso das nações mais pobres e a justiça social em nível internacional". (RL)







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