2011-03-04 12:20:03

COSTA DO MARFIM: DIFÍCIL SITUAÇÃO DOS REFUGIADOS


Abidjan, 04 fev (RV) – “No momento não se ouvem mais tiros provenientes dos bairros de Abobo e Adjamé, em Abidjan, onde se enfrentam as forças de segurança fiéis ao Presidente Laurent Gbagbo, que deixa o poder, e os ex-rebeldes das Forças Novas próximas ao Presidente eleito Alassane Ouattara”. É o que afirmam à Agência Fides fontes da Igreja local, da capital econômica da Costa do Marfim. Outras fontes assinalam confrontos nos bairros localizados no sul de Koumassi. Abobo, considerada fortaleza dos partidários de Ouattara, se encontra no norte. Os confrontos obrigaram a maior parte dos habitantes dos dois bairros a deixar suas moradias.

“Pelo menos 3 paróquias de outros bairros de Abidjan acolheram os deslocados provenientes dos bairros onde se encontram os partidários de Gbagbo e os de Ouattara” – referem as fontes de Fides. “O número dos deslocados varia de poucas dezenas a cerca de 500 pessoas por paróquia”. No entanto, afirmam as mesmas fontes, melhora a situação das pessoas acolhidas desde 16 de dezembro na Paróquia de Santa Teresa do Menino Jesus de Duékoué, na diocese de Man, cujo número desceu de 15 mil para 6 mil. O Papa Bento XVI enviou uma soma de dinheiro para ajudar na assistência dessas pessoas.

O confronto político e institucional está criando um impasse devastador sobre a economia nacional. Como refere as fontes de Fides “quase todos os bancos estão fechados, impedindo aos cidadãos de retirar suas economias para as necessidades diárias. O embargo sobre a venda de cacau marfinense pela União Europeia, como forma de pressão para obrigar Gbagbo à demissão, está fazendo sentir seus efeitos. Alguns produtores marfinenses são obrigados a vender abaixo do preço a colheita de cacau em Burkina Faso, de onde vem para depois ser enviado à Libéria ou ao Gana para chegar aos mercados internacionais”. (SP)








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