Cidade do Vaticano, 02 mar (RV) - Os prêmios Oscar recebidos pela produção
britânica “O Discurso do Rei”, podem ser sinal de um “novo rumo” para o cinema. É
a opinião do jornal vaticano L'Osservatore Romano.
A produção foi homenageada
com os prêmios de melhor filme, melhor direção (Tom Hooper), melhor ator (Colin Firth)
e melhor roteiro original (David Seidler).
A obra narra a história (verídica)
do Rei da Inglaterra Jorge VI, interpretado pelo ator Colin Firth, que consegue superar
sua timidez e gagueira graças à ajuda do terapeuta Lionel Logue (Geoffrey Rush) e
de sua esposa Isabel (Helena Bonham Carter).
Enaltecendo o cineasta, o jornalista
Emilio Ranzato assinala que “seu trabalho demonstra que é possível fazer um ótimo
filme sem fazer cinema estritamente de autor, reunindo e combinando em alto nível
todos os ingredientes do cinema popular”.
Para Ranzato, as doze nomeações podem
ser a indicação de um “indicam um novo caminho a seguir: neste caso, a vitória do
filme de Hooper deve ser interpretada como o retorno a um cinema mais clássico, mais
narrativo e menos 'autorial', resultado de um trabalho de uma equipe mais que de uma
só pessoa”.
“O Discurso do Rei”, venceu também os prêmios BAFTA (britânico)
e o Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá. (CM)