ANGLICANOS E EPISCOPALIANOS PROMOVEM PAPEL DA MULHER
Nova York, 02 mar (RV) - As comunidades anglicanas e episcopalianas promovem
uma nova estratégia de trabalho para valorizar o papel das mulheres dentro dos organismos
internacionais que trabalham pelo desenvolvimento.
Foi o que emergiu no encontro
da United Nations Commission on the Status of Women (Comissão das Nações Unidas
sobre o Status da Mulher), realizado recentemente, em Nova York, que contou com a
participação de representantes das duas comunidades. Um grupo de delegadas do Conselho
Consultivo Anglicano ajudou nos trabalhos dessa comissão da ONU, sublinhando a função
que as mulheres podem desempenhar contra a injustiça social.
A representante
da Igreja Episcopaliana do Haiti, Marie Carmel Chery, falou sobre as dificuldades
de reconstrução, depois do terremoto, e sobre o forte desejo de renascimento. "As
mulheres, sublinhou Chery, estão trabalhando muito na reconstrução do país, não obstante
os novos desafios que se apresentam. Por isso, precisamos ter confiança em nós mesmas".
A coordenadora da organização The Anglican Alliance: Development, Relief,
Advocacy (A Aliança Anglicana: Desenvolvimento, Assistência, Advocacia), Sally
Keeble, frisou que "as bases do desenvolvimento se apoiam nas mulheres, porque muitas
desigualdades e injustiças que acontecem no mundo afetam, sobretudo as mulheres".
Diante desse quadro, foi criada uma nova estratégia de trabalho entre anglicanos
e episcopalianos a fim de incrementar o trabalho até agora realizado no âmbito dos
organismos internacionais, a partir das Nações Unidas. A esse propósito, desde 2003,
foi criado na ONU o Anglican Women’s Empowerment (Fortalecimento da Mulher
Anglicana) a fim de fortalecer a presença das duas comunidades dentro das instituições
que trabalham em favor do desenvolvimento.
Trata-se de um compromisso geral
levado adiante pelas Nações Unidas contra as desigualdades sociais que recentemente
criou também a United Nations Entity for Gender Equality (Entidade das Nações
Unidas para a Igualdade de Gênero)que ajudará a acelerar as atividades em
favor da igualdade entre homens e mulheres.
A diretora da United Nations
Entity for Gender Equality, Michelle Bachelet, frisou que "não obstante alguns
exemplos encorajadores, os progressos em favor da igualdade entre homens e mulheres
ainda estão muito distantes". (MJ)