2011-02-26 13:40:50

PAPA FALA AOS PARTICIPANTES DA 17ª ASSEMBLEIA GERAL DA PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA


Cidade do Vaticano, 26 fev (RV) – Ao meio dia deste sábado, o Santo Padre recebeu em audiência, na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes da 17ª Assembléia Geral da Pontifícia Academia para a Vida. Os membros desse organismo estão reunidos desde 24 de fevereiro para debater dois importantes temas: “os bancos de cordões umbilicais” e o “trauma pós-aborto”.

O encontro com o Papa encerra os trabalhos da Assembléia. Em seu discurso aos participantes, Bento XVI falou sobre os assuntos por eles abordados. “A síndrome pós-abortiva – disse o Santo Padre – é o distúrbio psicológico enfrentado pelas mulheres que recorreram ao aborto, e ele revela a voz da consciência moral, inata ao ser humano, que está voltada para o bem”.

A esse respeito, o Pontífice chamou a atenção para a responsabilidade não só da mãe, mas também do pai diante de uma vida que está por nascer. “Muitas vezes – disse o Papa -, os pais abandonam a esposa grávida”, que se encontra sozinha diante dessa responsabilidade.

O Pontífice falou longamente sobre a consciência moral, que é intrínseca a todo ser humano e, portanto, não pode ser reduzida a um comportamento externo e nem é uma prerrogativa dos cristãos ou dos que crêem, mas é um elemento comum a todo o ser humano.

Diante da responsabilidade para com essa consciência moral, Bento XVI lembrou do papel dos médicos e dos profissionais da saúde, que lidam diretamente com os casos de aborto. Mas falou também sobre a responsabilidade dos pesquisadores e de toda a sociedade civil.

Bento XVI relembrou ainda as palavras dirigidas pelo Papa João Paulo II às mulheres que recorreram ao aborto: “a Igreja sabe quantos elementos podem ter influenciado nas vossas decisões – disse o Pontífice em 1999 - e tem certeza de que, na maioria dos casos, foi uma decisão muito dolorosa, até dramática. (...) Não se deixem desencorajar e não percam as esperanças. (...) Deixem-se ajudar pelo conselho de pessoas amigas e competentes - com os vossos sofridos testemunhos, vocês poderão estar entre os mais eloqüentes defensores do direito de todos à vida”. (Enc. Evangelium vitae, 99)

O Santo Padre falou ainda sobre os bancos de cordões umbilicais para fins clínicos e de pesquisa. “A pesquisa médico-científica é um valor e, portanto, um compromisso, não só para os pesquisadores, mas para toda a sociedade civil” -, disse o Papa. Surgem o dever de promoção de pesquisas eticamente válidas por parte das instituições e a importância da solidariedade de cada um para com as atitudes que busquem promover o bem.”

O Pontífice comentou então o uso das células tronco provenientes dos cordões umbilicais, afirmando tratar-se de aplicações clínicas importantes no plano científico, as quais, porém, dependem da generosidade da doação da matéria após o parto e da adequação da estrutura hospitalar para tanto. Por fim, lançou a todos nós um convite, para que nos façamos promotores de uma verdadeira solidariedade humana e cristã. (ED)







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