VATICANO: ORÇAMENTO PARA 2011 COM BOAS PERSPECTIVAS APESAR DA CRISE
Cidade do Vaticano, 17 fev (RV) – Por um lado, as perspectivas são boas; por
outro lado, porém, assinala-se um aumento dos custos de gestão: essa é a dupla via
em que se movem as finanças do Vaticano, cujo balanço foi apresentado no final desta
manhã.
Os cardeais-membros do Conselho para o Estudo dos Problemas Organizativos
e Econômicos da Santa Sé traçam claramente essa dupla via, no comunicado final emitido
ao término da reunião realizada nos últimos dois dias.
O comunicado dos purpurados
sobre o balanço de 2010 e sobre o orçamento para 2011 foi ilustrado pelo presidente
da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, Cardeal Velasio De Paolis.
As
finanças vaticanas – disse o cardeal – não obstante dêem sinal de uma retomada, evidenciam
ainda os efeitos negativos da crise econômica global, exasperados pelo aumento dos
custos de gestão. A crise econômica global incide sobremaneira nas finanças vaticanas,
considerando que sua principal fonte de subvenção são as livres ofertas dos fieis.
Fieis aos quais – se lê no comunicado dos cardeais – os membros do Conselho
manifestam "profunda gratidão pelas doações, no mais das vezes de forma anônima, ao
ministério universal do Santo Padre", exortando-os a "perseverarem nessa obra de bem".
Participaram
da reunião do Conselho para o Estudo dos Problemas Organizativos e Econômicos da Santa
Sé, presidida pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, o presidente da
Comissão Cardinalícia para a Cidade do Vaticano, Cardeal Giovanni Lajolo, e o secretário-geral
do Governatorato, Dom Carlo Maria Viganò.
Estiveram presentes ainda, entre
outros, o presidente e o secretário da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica
(APSA), respectivamente Cardeal Attilio Nicora e Dom Domenico Calcagno, além do diretor-geral
e do diretor-administrativo da Rádio Vaticano, respectivamente Pe. Federico Lombardi
e Alberto Gasbarri. (AF)