2011-02-13 12:42:16

Bento XVI pede sociedade mais fraterna e lembra crianças que morreram queimadas num acampamento cigano, em Roma



(13/2/2011) As palavras proferidas pelo Papa Bento XVI antes da recitação do Angelus com os milhares de pessoas congregadas ao meio dia na Praça de S. Pedro tiveram como pano de fundo o Discurso da Montanha, lido como Evangelho na liturgia de hoje, no qual Jesus proclama a nova Lei, a sua Torah, como a chamam os irmãos judeus. Um ensinamento que não tem como objectivo abolir a Lei mas dar-lhe a plena realização.
Se a vossa justiça não superar aquela dos escribas e dos fariseus - disse Jesus – não entrareis no Reino dos Céus.
Para o Papa, esta plenitude da Lei de Cristo e esta justiça superior que Ele exige é precisamente aquele a mais de amor que nos faz superar a letra das leis e dos preceitos. “Está escrito: quem matar será sujeito a julgamento: Pois eu digo-vos: Todo aquele que se irar contra seu irmão será sujeito a julgamento.
Esta maneira de falar – observou Bento XVI suscitava grande impressão na gente, que ficava admirada porque aquele, eu digo-vos equivalia reivindicar para si a mesma autoridade de Deus, fonte da lei.

A novidade de Jesus consiste essencialmente no facto de que Ele próprio enche os mandamentos com o amor de Deus. Com a força do Espírito Santo que mora nele. E nós - salientou o Papa – através da fé em Cristo, podemos abrir-nos á acção do Espírito Santo que nos torna capazes de viver o amor divino. Por isso cada preceito torna-se verdadeiro como exigência de amor, e todos se unem num único mandamento: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo. A plenitude da lei é a caridade escreve S. Paulo
Perante esta exigência, por exemplo – prosseguiu Bento XVI - o caso piedoso dos quatro meninos ciganos, mortos a semana passada na periferia de Roma, na sua barraca queimada, impõe a pergunta se uma sociedade mais solidária e fraterna, mais coerente no amor, isto é mais cristã, não teria podido evitar esse evento trágico. E esta pergunta – acrescentou o Papa – vale para tantos outros acontecimentos dolorosos, mais ou menos conhecidos, que ocorrem diariamente nas nossas cidades e países.








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