Cidade do Vaticano 12 fev (RV) - Celebramos nesta sexta-feira, 11 de fevereiro
o Dia Mundial do Enfermo, dia em que a Igreja também recorda Nossa Senhora de Lourdes.
Por ocasião Dia Mundial do Enfermo o Papa Bento XVI divulgou uma mensagem na qual
afirma que esse dia é uma ocasião propícia para “refletir sobre o ministério do sofrimento
e, sobretudo, para tornar as nossas comunidades e a sociedade civil em geral mais
sensíveis aos irmãos e irmãs doentes”. Bento XVI cita a sua Carta Encíclica Spe Salvi
quando afirma que “a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação
com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo como para a sociedade”.
Para
este ano de 2011, Bento XVI escolheu um tema especial: “Ver o homem que sofre”. De
grande atualidade esse tema, e o Pontífice pede para que nunca nos esqueçamos dos
doentes, daqueles que jamais podem ser marginalizados.
De fato, a solidão
é o maior flagelo que atinge os doentes, sobretudo se permanecem fechados dentro de
suas casas. Por isso é essencial compreender o sofrimento, não ignorá-lo, mas sim
acompanhar verdadeiramente os que sofrem. Uma atitude nada mais nada mesmo que cristã.
Ver o homem que sofre, foi a atitude do samaritano, na parábola do Evangelho. O sacerdote
e o levita passaram adiante, mas o estrangeiro viu, parou e cuidou dele.
Quem
se diz cristão deve saber ver quem lhe está perto e sofre, não pode ser distraído,
e passar de lado. Mas não deve ser um olhar de curiosidade, nem um olhar de interesses,
de fuga, de desprezo ou de simples apatia. O olhar deve ser de atenção à pessoa, ao
ser humano que sofre e necessita de ajuda. Devemos ter olhos de quem não tem pressa
e reconhece na pessoa que sofre um irmão. Quanto mais frágil é o ser humano, mais
deve estar no centro das nossas atenções.
“Uma sociedade que não dá atenção
aos doentes é cruel e desumana”: Esta afirmação de Bento XVI é um grito de extraordinária
atualidade. Como cristãos temos responsabilidades, junto com as nossas comunidades;
uma responsabilidade de fazer surgir uma nova humanidade que “acolha e compreenda
todos os homens, mesmo os mais doentes, e seja solidária para com todos sobretudo,
com os mais pobres e os que não têm ninguém”. (SP)