Jacarta, 11 fev (RV) - Membros da polícia indonésia estão vigiando as igrejas
cristãs para evitar mais violência, após os ataques de Temanggung (na Arquidiocese
de Semarang, em Java Central), informam fontes de Fides, na Indonésia, expressando
“sérias preocupações e temores na comunidade cristã em Semarang, em Jacarta, mas também
em outras cidades do arquipélago”. Um homem, suspeito de estar entre os mandantes
da violência, foi detido, mas não foi publicada sua identidade e a eventual pertença
a uma organização. Enquanto isso, o grupo militante Islamic Defender Front (FPI) negou
estar envolvido nos atos violentos.
O Presidente da Comissão para o Diálogo
Inter-religioso da Conferência Episcopal da Indonésia, Dom Petrus Canisius Mandagi,
disse que “as minorias religiosas foram deixadas sem nenhuma proteção por parte do
Estado, pedindo uma “ação decisiva para acabar com a violência e convidando os fiéis
cristãos a não caírem na espiral de vingança, mas a perdoar.
O presidente indonésio,
Susilo Bambang Yudhoyono, criticou a inatividade da polícia, e ordenou aos chefes
regionais da polícia e do exército para que coloquem em ação um plano de prevenção.
O presidente se comprometeu publicamente a defender a liberdade religiosa.
Alguns
grupos de defesa dos direitos humanos, entretanto, estão pedindo a renúncia do ministro
de Assuntos Religiosos, Suryadharma Ali, acusado de justificar a violência, para obstruir
o projeto de revisão da antiga lei sobre a blasfêmia, de 1965. (SP)