Cidade do Vaticano, 11 fev (RV) - Todos os anos, na memória da Bem-Aventurada
Virgem de Lourdes, que se celebra no dia 11 de fevereiro, a Igreja propõe o Dia Mundial
do Enfermo. O Papa Bento XVI divulgou no último dia 18 de janeiro uma mensagem na
qual afirma que “nesta circunstância, como quis o venerável João Paulo II, torna-se
ocasião propícia para refletir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para tornar
as nossas comunidades e a sociedade civil mais sensíveis aos irmãos e irmãs doentes.
Se todos os homens são nossos irmãos - escreve o Papa -, aquele que é débil, sofredor
ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum
deles se sinta esquecido ou marginalizado; com efeito a grandeza da humanidade determina-se
essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para
o indivíduo como para a sociedade”.
“Uma sociedade que não consegue aceitar
os que sofrem - escreve Bento XVI citando a Encíclica Spe Salvi - e não é capaz de
contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado
e assumido mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana. As iniciativas que
serão promovidas nas diversas Dioceses, por ocasião deste Dia, sirvam de estímulo
para tornar cada vez mais eficaz o cuidado para com os sofredores, também na perspectiva
da celebração de modo solene, que terá lugar em 2013, no Santuário mariano de Altötting,
na Alemanha.
O Papa envia ainda um recado aos participantes da Jornada Mundial
da Juventude, que se realizará em agosto, em Madri, Espanha, afirmando que com frequência
a Paixão e a Cruz de Jesus causam medo, porque parecem ser a negação da vida. “Na
realidade, é exatamente o contrário! A Cruz é o ‘sim’ de Deus ao homem, a expressão
mais elevada e intensa do seu amor e a fonte da qual brota a vida eterna. Do Coração
trespassado de Jesus brotou esta vida divina. Só Ele é capaz de libertar o mundo do
mal e de fazer crescer o seu Reino de justiça, de paz e de amor ao qual todos aspiramos.
A todos vós jovens, doentes e sadios, repito o convite a criar pontes de amor e solidariedade,
para que ninguém se sinta sozinho, mas próximo de Deus e parte da grande família dos
seus filhos”. (SP)