CARDEAL TURKSON DESTACA COMPROMISSO DE SERMOS TESTEMUNHAS DE CRISTO HOJE
Madri, 10 fev (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz,
Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, em sua conferência no Congresso de Madri sobre
"A Sagrada Escritura na Igreja", falou sobre a Palavra criadora, que convoca, empenha,
está presente e salva. Concluído nesta quarta-feira, o Congresso se realizou por ocasião
da publicação – por parte da Conferência Episcopal Espanhola – da versão oficial da
Bíblia.
A "Palavra como fonte e conteúdo da própria missão da Igreja e das
suas atividades no mundo" esteve no centro da reflexão do purpurado ganense. Evocando
a encíclica "Caritas in veritate", o Cardeal indicou os cinco aspectos do nosso compromisso
para sermos testemunhas de Cristo hoje e continuarmos a nossa obra no mundo:
"Começar
com uma atitude realista, respondendo às dificuldades do tempo presente, não com respostas
pré-fabricadas ou simples ideologias, mas com a palavra de Deus como nossa chave de
discernimento. Basear o trabalho em valores fundamentais", que pode significar "conversão".
O
terceiro aspecto é "assumir com confiança as novas responsabilidades, assumindo-as
com uma nova vocação e missão. Ainda: "Ser abertos a uma profunda renovação espiritual",
vencendo "pessimismo e niilismo". E, por fim, "comprometer-se a trabalhar com coerência
e validez".
Esses "são os cinco aspectos ou dimensões para cada cristão, para
a pastoral social e para realizar o nosso compromisso no mundo" – reiterou.
"O
próprio compromisso de Deus com o mundo através da Palavra deve ser levado a termo
no melhor modo possível mediante nosso compromisso competente e generoso com os pobres
das muitas pobrezas que devemos combater; mediante nosso compromisso em favor da reconciliação,
da justiça e da paz" – afirmou o purpurado.
"Na dinâmica e na recordação da
história da salvação – prosseguiu – a Palavra de Deus chama o cosmo a sair do caos,
chama Abraão a sair da sua terra e, depois, o povo a sair do Egito. Chamou-nos "quando
éramos pecadores" a "vivermos a vida plena".
Agora, "chama-nos a sermos o seu
corpo no mundo, dando comida aos famintos, água aos sedentos, acolhendo o estrangeiro,
vestindo quem se encontra despido, cuidando dos doentes e visitando os encarcerados"
– precisou o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. (RL)