Londres, 08 fev (RV) - O Diretor Nacional no Reino Unido da organização católica
internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Neville Kyrke-Smith, afirmou que a União
Européia tem o dever de reconhecer a perseguição contra cristãos no mundo, especialmente
no Oriente Médio. Foi o que disse Kyrke-Smith no último dia 3 de fevereiro após tomar
conhecimento que os 27 ministros das Relações Exteriores da União Européia decidiram
não tomar esta medida no último 31 de janeiro durante a sua reunião. Entre estes países
se encontravam a Espanha e Portugal.
Kyrke-Smith disse que “os políticos devem
reconhecer a realidade da perseguição que os cristãos enfrentam no mundo atualmente
e não esconder o tema por causa da política”. Segundo a imprensa, o desacordo se originou
quando a alta representante da UE para assuntos exteriores, Catherine Ashton, rechaçou
qualquer referência aos cristãos no que seria a declaração, alegando que era politicamente
incorreto nomear um grupo religioso específico.
Depois de recordar os diversos
ataques sofridos pelos cristãos no final de 2010 como o massacre na Catedral de Bagdá,
no Iraque, no dia 31 de outubro do ano passado, o ataque aos coptas em Alexandria,
Egito, no dia 31 de dezembro, e o ataque contra os cristãos filipinos no Natal, o
representante da Ajuda à Igreja que Sofre lamentou a postura dos ministros da UE.
“Embora
esteja decepcionado com essa notícia, não me surpreende que a União Européia tenha
fracassado neste assunto da perseguição contra os cristãos devido à questão política”.
Em sua opinião, isto se deve à existência de “um falso liberalismo que mina a verdadeira
liberdade”.
Finalmente o responsável destacou que “os cristãos no Iraque são
um alvo muito específico e dizer que os recentes ataques – nos quais morreram mais
de 50 pessoas - não são contra à comunidade cristã é um desprezo ao seu sofrimento”.
(SP)