2011-02-05 16:42:40

PE.LOMBARDI: UM OLHAR PARA O NORTE DA ÁFRICA


Cidade do Vaticano, 05 fev (RV) – A comunidade internacional segue com grande atenção, nestes dias, a evolução da situação no Egito, às voltas com uma revolução social e política. A propósito, eis o que diz o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, diretor-geral da Rádio Vaticano, em seu editorial da publicação Octava Dies, o semanário informativo do Centro Televisivo Vaticano...

"O mundo tem o olhar voltado, nestas semanas, para o norte da África e para o Oriente Médio. Primeiramente, para a Tunísia, e depois para o Egito e outros países onde tiveram início processos de mudanças políticas, ainda difíceis de serem definidos e avaliados, mas certamente tão significativos a ponto de se poder falar de uma "revolução"."

"Todos nós esperamos que os povos envolvidos sejam poupados da violência e do derramamento de sangue, e que não se prolonguem os tempos de instabilidade, durante os quais o risco de contraposições e de conflitos é sempre maior."

"Naturalmente, as dificuldades econômicas, as condições de pobreza em que vivem grandes estratos das populações – uma situação que sofreu um ulterior agravamento em virtude da crise econômica global – teve um peso muito grande no eclodir dos protestos; mas – como observaram os bispos do norte da África – é preciso reconhecer uma expectativa de maior "liberdade e dignidade" que concerne "em particular, as gerações mais jovens da região e que se traduz no desejo de que todos sejam reconhecidos como cidadãos e cidadãos responsáveis"."

"As populações dessa região têm um percentual muito elevado de jovens que não veem diante de si perspectivas abertas para o futuro. Nesse contexto, voltam à mente as instâncias apresentadas pela Assembleia Especial para o Oriente Médio, do Sínodo dos Bispos, realizada poucos meses atrás, quando se auspiciava para os crsitãos o pleno direito de cidadania em seus respectivos países."

"Agora, são inteiros povos que, para verem reconhecida a própria dignidade, reivindicam o exercício mais responsável dos direitos de cidadania que cabem a toda pessoa humana, qualquer que seja a sua religião. Os cristãos são uma pequena minoria, mas são solidários com todas essas expectativas e esperanças. Se essas nações de maioria muçulmana conseguirem realizar a meta crucial de crescer no diálogo, no respeito aos direitos de todos, na participação e na liberdade, a paz em todo o mundo estará mais segura. São os votos que fazemos antes de tudo pelo bem deles próprios, mas também pelo bem de toda a família humana." (AF)







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