2011-02-01 17:58:45

A SITUAÇÃO DOS MENORES DE IDADE ESTRANGEIROS RESIDENTES NA ITÁLIA


Roma, 1º fev (RV) - A Organização Internacional Save the Children publicou o seu relatório anual sobre os adolescentes e as crianças estrangeiras que moram na Itália. Segundo o documento, aumentou a presença dos menores de idade estrangeiros no país.

Os dados mostram que essa presença mais que dobrou nos últimos sete anos. São 932 mil menores de outros países residindo na Itália, o que corresponde a 8% da população total de crianças e adolescentes residentes. Dessas 932 mil, 572 mil são nascidas na Itália.

De acordo com a Save the Children, “trata-se de meninos e meninas que podem encontrar graves problemas de inserção social, tanto na escola como nas próprias famílias, por isso precisam de atenção e suporte”.

Com a relação à distribuição dessas crianças em solo nacional, o maior percentual está no norte da Itália, onde um a cada seis menores é estrangeiro.

O relatório dedica um estudo especial aos menores não acompanhados, que são 4.438, dos quais 90% são meninos e 85% têm entre 15 e 17 anos. O grupo mais numeroso é formado por crianças afegãs (20%) e em segundo lugar marroquinas (14%).

Quanto à integração dos menores adolescentes no sistema escolar, a Save the Children considera importante que as escolas tenham instrumentos que facilitem a aprendizagem e a socialização.

Em relação às políticas de segurança adotadas recentemente pela Itália, no que diz respeito à contenção da imigração clandestina, a Organização denuncia que muitos dos procedimentos adotados, ao invés de favorecer a integração, obstaculizam-na: “devido a requisitos altamente restritivos impostos pela lei de segurança para receber o visto permanente depois dos 18 anos, muitos menores chegam aos 17 anos com o risco de transformarem-se em clandestinos de um dia para o outro”.

Nos casos das famílias que têm a permissão de residir no país atrelada ao trabalho, mas que acabam por perder esses trabalhos e ficam em condições clandestinas, a Organização diz que é preciso reforçar os serviços destinados à infância. (ED)







All the contents on this site are copyrighted ©.