Unir esforços para manifestar melhor a Justiça e o Amor para com os doentes de lepra
(30/1/2011) Unir os nossos esforços para exprimir melhor a justiça e o amor para
com os doentes de lepra..Este o titulo da mensagem do arcebispo Zygmunt Zimowski,
presidente do conselho pontifício ppara a pastoral da saúde, por ocasião do dia mundial
de luta contra a lepra que ocorre neste dia 30 de Janeiro. Uma efeméride que, lançada
há 58 anos por Raul Follereau e apoiada com determinação pela fundação que perpetua
a sua memoria, é ainda hoje de grande importância não obstante os grande progressos
obtidos graças a terapias farmacológicas óptimas . Em primeiro lugar é ainda gravemente
deficiente o acesso ás analises de diagnostico tempestivas - prossegue o arcebispo
Zimowski, na sua mensagem. A consequência é que o morbo de Hansen inicia assim a sua
obra de destruição do corpo infectado que, para além dos padecimentos ligados á sua
doença, acaba por ser deturpado de maneira inequívoca e irreversível ; daí a condenação
á exclusão social e á pobreza. Este é mais um exemplo de como na nossa época se
assiste de um lado a uma atenção á saúde que corre o perigo de transformar-se num
consumismo farmacológico, medico e cirúrgico, tornando-se quase um culto para o corpo,
e por outro lado a dificuldade de milhões de pessoas de ter acesso a condições de
subsistência mínima e a medicamentos indispensáveis para se curarem – sublinha o presidente
do conselho pontifício para a pastoral da saúde, recordando a mensagem de Bento XVI
aos participantes na XXV conferencia internacional deste dicasterio, efectuada no
Vaticano em Novembro passado e intitulada Caritas in Veritate, para cuidados de saúde
justos e humanos. Uma desigualdade que se amplifica na vida quotidiana da pessoa
marcada fisicamente pela lepra. Mesmo se curada e já não sendo veiculo de contágio,
ela não é readmitida pelo tecido social, não encontra emprego e é impossibilitada
a garantir, para si e para a própria família uma existência digna. Eis que, como
cristãos, ou mesmo simplesmente homens de boa vontade somos chamados a intervir. Como
o Bom Samaritano, afirmou o Papa na sua mensagem aos participantes na Conferencia,
somos solicitados a debruçar-nos sobre o homem ferido, abandonado na beira da estrada,
realizando aquela justiça maior que Jesus pede aos seus discípulos e actua na sua
vida, porque o cumprimento da lei é o amor.