2011-01-29 16:24:56

CAIRO: EL BARADEI PODERIA ESTAR SOB PRISÃO DOMICILIAR


Cairo, 29 jan (RV) - Responsáveis pela segurança no Egito afirmaram que o Nobel da Paz e opositor Mohamed el Baradei está em regime de prisão domiciliar, segundo despacho da agência de notícias Associated Press.

A situação de el Baradei, que chegou ontem ao Cairo nesta quinta-feira, depois de ter vivido grande parte de sua vida no exterior, esteve muita confusa durante toda a jornada de ontem, sexta-feira.

Primeiramente, foi feito um cerco policial à mesquita onde ele estava. Mais tarde, a polícia anunciou que suspendera o cerco e que fora decretada sua prisão domiciliar.

Testemunhos colhidos pelas agências noticiosas indicavam que el Baradei fora impedido, por horas, de abandonar a área da mesquita de Al-Azhar, no distrito de Giza, área limítrofe da capital, onde se juntara, na manhã de ontem, a cerca de outros dois mil fieis, para as orações de sexta-feira.

Após uma série de confrontos entre os manifestantes e a polícia, foi finalmente permitido que o opositor abandonasse a área da mesquita e caminhasse com milhares de outras pessoas, em direção ao centro do Cairo, entoando cantos de pacifismo. Pelo caminho, alguns dos manifestantes apertavam as mãos aos agentes da polícia – descrevem as agências de notícias.

Mohamed el Baradei e os seus simpatizantes foram atacados com canhões de água e alguns de seus correligionários foram agredidos com bastões, na tentativa de proteger seu líder.

As agências dizem que a polícia faz plantão diante da casa de el Baradei, nos arredores da capital egípcia, impedindo-o de sair. Todavia, a presidente do Crisis Group, Louise Arbour, organização da qual el Baradei é um dos máximos conselheiros, desmentiu tal notícia, assegurando que "a detenção de el Baradei não serve aos interesses do Egito neste momento crítico". "Aparentemente – acrescenta ela – ele continua impedido de sair de casa, mas não está sob regime de prisão domiciliar, mesmo porque tal atitude numa situação como a atual "serviria apenas a incendiar mais ainda a revolta". (AF)







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