PAPA: SANTA JOANA D'ARC, EXEMPLO DE SANTIDADE PARA QUEM É ENGAJADO NA POLÍTICA
Cidade do Vaticano, 26 jan (RV) - Bento XVI acolheu na Sala Paulo VI, no Vaticano,
na manhã desta quarta-feira, dia de Audiência Geral, vários fiéis e peregrinos.
Na
catequese de hoje, o Papa falou sobre Santa Joana D’Arc que nasceu em Domremy, na
França, em 1412, numa família de camponeses e recebeu uma boa educação cristã. Sua
vida foi marcada pela guerra entre França e Inglaterra, conhecida como a "Guerra dos
Cem Anos".
"Aos 13 anos, Joana D'Arc sentiu o chamado de Deus a intensificar
sua vida cristã e o compromisso pela libertação de seu povo. A estreita ligação entre
experiência mística e missão política é um dos aspectos da santidade de Joana D'Arc.
Enfrentando obstáculos, forte e determinada ela participou de batalhas e libertou
Orleans" – frisou Bento XVI.
Aprisionada por seus inimigos em 23 de maio de
1430, Joana foi levada para a cidade de Rouen e submetida a um longo e dramático processo
judicial. Foi condenada à fogueira em 30 de maio de 1431.
"Joana D'Arc morreu
aos dezenove anos, pronunciando em voz alta o nome de Jesus, centro de toda a sua
vida" – ressaltou Bento XVI, que fez um resumo de sua catequese em português, saudou
os fiéis lusófonos presentes na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Queridos
irmãos e irmãs,
Falo-vos hoje duma «mulher forte», que levou sem medo
a luz do Evangelho às complexas vicissitudes da história: Santa Joana d’Arc. Desde
a infância, mostra grande compaixão pelos pobres e atribulados no contexto duma guerra
sem fim entre a França e a Inglaterra. A compaixão e o empenho dela em favor do seu
povo intensificaram-se ainda mais com sua maturação mística, que teve lugar aos treze
anos. Esta ligação entre experiência mística e missão política é um dos aspectos mais
originais da santidade desta jovem. Tinha apenas dezenove anos quando – julgada por
eclesiásticos, a quem faltava a caridade e a humildade para ver em Joana a ação de
Deus – foi condenada como herética, em 1430. Vinte e cinco anos depois, sob a autoridade
do Papa Calixto III, abre-se um processo de reabilitação que pôs em evidência a sua
inocência e perfeita fidelidade à Igreja, sendo declarada santa pelo Papa Bento XV.
Saúdo,
com afeto, a todos vós, amados peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta
peregrinação a Roma vos encha de luz e fortaleza no vosso testemunho cristão, para
confessardes Jesus Cristo como único Salvador e Senhor da vossa vida: fora d'Ele,
não há vida nem esperança de a ter. Com Cristo, ganha sentido a vida que Deus vos
confiou. Para cada um de vós e família, a minha Bênção! (MJ)