Combate ao turismo sexual, um imperativo moral e social.
(25/1/2011) O turismo é considerada a terceira maior fonte de receitas para a Argentina”,
mas, infelizmente, no país “ começa a crescer a indústria” sem chaminés que diz respeito
à exploração sexual de crianças e adolescentes. É o que sublinha a Comissão para a
Pastoral dos Migrantes e do Turismo da Conferência Episcopal argentina, acrescentando
que o chamado turismo sexual é um flagelo para muitas nações. Os bispos convidam todos
os componentes institucionais, políticos e sociais do país a “colaborarem eficazmente
para prevenir, individuar e denunciar casos de exploração sexual de crianças e adolescentes”.
Na Argentina - recordam os bispos - a exploração sexual de crianças e adolescentes
é um crime e é punível pela lei, mas é preciso que “os legisladores aprovem leis mais
rigorosas e mais eficazes para combater o turismo sexual, como já se verifica noutros
países do mundo”. Segundo várias estimativas - recorda o jornal do Vaticano L'Osservatore
Romano - mais de dois milhões de crianças são forçadas à prostituírem-se : 500 mil
delas vivem no Brasil e as restantes, principalmente no sul e sudeste da Ásia. A
este flagelo estão ligados os interesses económicos que superam os cinco biliões
de dólares. Hoje o fenómeno está-se a tornar cada vez mais global. Nesse sentido,
paradoxalmente, contribui também a crise económica global que faz com que diminua
o custo das passagens aéreas. “Hoje - afirmam os bispos - em poucas horas os turistas
do sexo podem chegar ao Brasil, Argentina, Tailândia ou Filipinas, onde a miséria
empurra milhares de famílias, muitas vezes enganadas, a ceder os seus filhos” a grupos
especializados no tráfico de adolescentes. Combater juntos os predadores de crianças
e o turismo sexual “é um imperativo moral e social”.