2011-01-24 12:09:08

ARGENTINA: BISPOS DENUNCIAM AUMENTO DO TURISMO SEXUAL


Buenos Aires, 24 jan (RV) - “O turismo é considerado a terceira maior fonte de receitas para a Argentina”, mas, infelizmente, no país “está começando a crescer a indústria” sem chaminés que diz respeito à exploração sexual de crianças e adolescentes. É o que sublinha a Comissão para a Pastoral dos Migrantes e do Turismo da Conferência Episcopal argentina, acrescentando que o chamado turismo sexual é um flagelo para muitas nações. Os bispos convidam todos os componentes institucionais, políticos e sociais do país a “colaborarem eficazmente para prevenir, individuar e denunciar casos de exploração sexual de crianças e adolescentes”.

Na Argentina - recordam os bispos - a exploração sexual de crianças e adolescentes é um crime e é punível pela lei, mas é preciso que “os legisladores aprovem leis mais rigorosas e mais eficazes para combater o turismo sexual, como está ocorrendo em outros países do mundo”. Segundo várias estimativas - recorda o jornal vaticano L'Osservatore Romano - mais de dois milhões de crianças são forçadas à se prostituírem: 500 mil delas vivem no Brasil e o restante, principalmente no sul e sudeste da Ásia.

A este flagelo estão ligados os interesses econômicos que superam os cinco bilhões de dólares. Hoje o fenômeno está se tornando cada vez mais global. Nesse sentido, paradoxalmente, contribui também a crise econômica global que faz com que diminua o custo das passagens aéreas. “Então, hoje - afirmam os bispos - em poucas horas os turistas do sexo podem chegar ao Brasil, Argentina, Tailândia ou Filipinas, onde a miséria empurra milhares de famílias, muitas vezes enganadas, a ceder aos seus filhos” para grupos especializados no tráfico de adolescentes. Os modernos meios eletrônicos, então, facilitam a ligação entre “oferta e demanda”. Combater juntos os predadores de crianças e o turismo sexual “é um imperativo moral e social”. (SP)








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