2011-01-21 13:22:14

BISPOS FILIPINOS DENUNCIAM AUMENTO DA CRIMINALIDADE


Manila, 21 jan (RV) - Os bispos das Filipinas denunciam o aumento do crime no país.

A criminalidade que aumenta e prospera; homicídios, sequestros, episódios de violência que emergem cotidianamente nos jornais, o medo generalizado dos cidadãos: estes elementos preocupam seriamente os bispos filipinos que convidam o Governo a empenhar-se no respeito da lei e da ordem, garantindo a segurança da população.

Num comunicado, prelados da região de Metro Manila assinalam a degradação da ordem na sociedade, a impunidade e o mau funcionamento da justiça. O Bispo de Kalookan, Dom Deogracias S. Iñiguez, pede uma investigação detalhada sobre o fenômeno e que sejam encontradas soluções adequadas. O Bispo de Catarman, Dom Emmanuel C. Trance, ressalta que homicídios e assassinatos continuam acontecendo no país, em meio ao silêncio geral.

Segundo o Bispo de Puerto Princesa, Dom Pedro D. Arigo, presidente da Comissão para a Pastoral Carcerária da Conferência Episcopal, "as raízes do fenômeno estão na cultura generalizada da impunidade e na ineficiência das forças de segurança".

"Uma situação – ressaltam os prelados – que coloca em risco a paz e a harmonia social no país. Por isso, o Governo deve realizar rapidamente a reforma das forças de segurança. Pede-se ao presidente Benigno Aquino que faça da questão uma prioridade na agenda política nacional".

Por sua vez, a Igreja se compromete em contribuir para conter o que certos observadores definem como desastre moral, ou seja, a total ausência de educação das consciências dos cidadãos, que não hesitam em desrespeitar a lei, incrementar a corrupção e perpetrar atos criminosos. "Além da vontade política, para combater o fenômeno são necessárias a mobilização de baixo para cima e a reeducação das consciências, na sociedade" – observam os bispos.

O governo Aquino herdou uma situação difícil. Na última década, sob a presidência de Glória Macapagal Arroyo, aumentaram exponencialmente os homicídios de ativistas de direitos humanos, jornalistas, magistrados, advogados, sindicalistas e religiosos.

Em oito anos de Governo Arroyo, foram certificadas 1.118 assassinatos, 1.026 casos de tortura, 1.946 prisões arbitrárias, além de 30 mil agressões e 81 mil episódios de ameaças. (MJ)







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