2011-01-20 19:16:58

CARDEAL KOCH: REZAR JUNTOS POR NOSSOS IRMÃOS PERSEGUIDOS


Cidade do Vaticano, 20 jan (RV) - "A fidelidade ao ensinamento dos apóstolos nos une": esse é o tema de hoje no âmbito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que ao longo da mesma terá momentos de grande significado ecumênico. De fato, na próxima segunda-feira, dia 24, Bento XVI receberá em audiência privada, no Vaticano, uma delegação da Igreja Unida Evangélica-Luterana da Alemanha.

No dia anterior, por sua vez, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, presidirá um encontro ecumênico na Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

Como momento central do evento, será plantada e abençoada uma árvore, em parceria com o projeto do "Jardim de Lutero", em Wittenberg, Centro-Leste da Alemanha.

Por fim, na terça-feira, dia 25, às 17h30 locais, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, o Santo Padre presidirá à celebração das Segundas Vésperas da solenidade da Conversão de São Paulo, na conclusão da Semana de Oração. Participarão do rito representantes de outras Igrejas e Comunidades eclesiais presentes em Roma.

Este ano, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é dedicada, em particular, aos fiéis vítimas da perseguição e de discriminações. É o que ressalta o Cardeal Koch, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Cardeal Kurt Koch:- "Creio que justamente no mundo ocidental é de máxima urgência tomar consciência da moderna perseguição contra os cristãos. Para muitos na Europa as perseguições anticristãs são parte da história da Igreja, porque todos ouviram falar. Mas que hoje os cristãos representem o grupo religioso mais perseguido, isso, infelizmente, ainda não entrou na consciência coletiva. Nesta Semana pela unidade esse fato se tornará visível porque nós rezaremos pelos cristãos perseguidos, denunciaremos abertamente todos os casos de martírio e indicaremos como a "cristianofobia" se encontra em constante aumento no Oeste europeu. Temos a consciência vigilante no que tange ao antissemitismo que está renascendo e em relação à islamofobia que tem se difundido, mas permanecemos cegos diante da cristianofobia também presente em nosso meio."

P. A que ponto nos encontramos no que diz respeito ao caminho de unidade dos cristãos?

Cardeal Kurt Koch:- "Estamos a caminho. Nem no início, nem já prestes a alcançar a meta. Não devemos nos comportar como se estivéssemos no início, mas também não podemos fazer de conta que já alcançamos a meta. Encontramo-nos ao longo de um percurso que requer muita paciência, e a paciência é a irmã mais nova da esperança. O sermos confiantes se manifesta no fato que conservamos a nossa paciência."

P. Como se encontram, hoje, as relações com os ortodoxos e os protestantes?

Cardeal Kurt Koch:- "Creio que a diferença fundamental consista no fato que temos muito em comum com os ortodoxos e com os antigo-orientais. Quando me encontro em contato com os membros das antigas Igrejas orientais, dos quais na realidade estamos separados há mais de 1.500 anos, me sinto em casa, porque eles têm a mesma estrutura eclesial. Aquilo que nos separa um pouco é a cultura diferente. Por outro lado, com as Igrejas da Reforma não temos em comum uma ampla base de fé, porém, temos em comum a mesma cultura, e tenho a impressão de que para muitos cristãos – católicos como reformados – às vezes a base cultural comum é mais importante do que a base de fé comum." (RL)







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