CARDEAL BERTONE FALA AOS FUTUROS NÚNCIOS APOSTÓLICOS
Roma, 20 jan (RV) - “Também o trabalho de vocês nos escritórios, feito com
humildade e discrição, poderá contribuir ao empenho da Santa Sé por um mundo mais
justo e fraterno, em nome de Cristo”. Foi o que disse o Secretário de Estado, Cardeal
Tarcisio Bertone, na homilia das Vésperas celebrada terça-feira à tarde, por ocasião
da Festa de Santo Antônio Abade, Padroeiro da Pontifícia Academia Eclesiástica, onde
se formam os futuros núncios apostólicos.
Cardeal Tarcisio Bertone recordou
o quanto é importante ter “núncios esclarecidos e de mente aberta, assistidos por
pessoas capacitadas, com uma visão ampla e profunda da Igreja, uma Igreja que vive
nas realidades do mundo e tenta orientá-las em direção da 'plenitude' que é o próprio
Cristo”. O cardeal em seguida se deteve sobre os aspectos fundamentais para “uma adequada
formação durante os anos de permanência na Academia”.
Entre esses, “a necessidade
de renunciar a si mesmo, aos próprios projetos pessoais, para seguir Cristo” com o
mesmo zelo de Santo Antônio que, levado pelo amor de Jesus, “deixou tudo e se dedicou
inteiramente à oração e à penitência”. “Jesus dizia claramente àqueles que queriam
ser seus discípulos: ou se está com Ele ou contra Ele”. Este seguimento deve ser um
real e completo estar com o Senhor, “sem buscar os próprios interesses imediatos e
sem privilegiar os próprios modos de pensar ou de viver”.
O cardeal exortou
então os sacerdotes da Academia para que “zelem de modo profundo e pessoal a pertença
a Cristo e à Igreja sob a orientação do Santo Padre”. Referindo-se ao específico serviço,
nas representações pontifícias, o Cardeal Tarcisio Bertone disse que há necessidade
de “jovens sacerdotes que vivam plenamente os seus dias na oração, no trabalho, na
proximidade real às Igrejas locais, com conselhos e afeto, com generoso espírito de
abnegação, especialmente nas horas difíceis e por vezes trágicas de um país e de seu
povo”. Uma profunda alegria - acrescentou o Cardeal secretário de Estado – é a de
“ser discípulos de Cristo e servidores do Sumo Pontífice”. É a alegria de remar junto
com muitos outros irmãos no “barco de Pedro, para que ele possa navegar com rapidez,
apesar dos ventos contrários e das ondas da história que às vezes o investem”. (SP)