Campanha, 16 jan (RV) - O cotidiano é o chão de onde brota a espiritualidade
do Tempo Comum; um tempo que pode se tornar especial, pois está sob a proteção do
Espírito Santo, que pousou sobre Jesus na festa do Batismo e que nos foi dado na solenidade
de Pentecostes. O Tempo Comum se inicia com uma reflexão sobre a pessoa de Jesus
Cristo, através da leitura de um trecho de Isaías, uma introdução da primeira carta
de São Paulo aos Coríntios e um texto de João Evangelista, narrando o fato de quando
João Batista apresenta Jesus como “o cordeiro de Deus”. João Batista é o apresentador.
Por meio dele conhecemos Jesus e os discípulos de João irão crer n'Ele. “Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo. Eis aquele que batiza no Espírito Santo”. Com
essas palavras João apresenta Jesus ao povo. O título “Cordeiro de Deus” aparece com
frequência na celebração eucarística. Ele é o Cordeiro de Deus, que tira de nós os
pecados para viver em nós: Ele é o servo de Deus, Jesus morto e ressuscitado. A
obra salvífica de Cristo abrange duas dimensões: o perdão do pecado e a força para
não mais pecar. Os cristãos não somente são salvos, mas chamados por Cristo a continuar
a sua obra de salvação. Esta abrange a morte e a ressurreição. Por intermédio de
sua paixão e morte na cruz, Jesus conquistou para a humanidade o perdão dos pecados.
Por sua ressurreição, enviou sobre a humanidade o Espírito Santo, que santifica o
homem e lhe dá a força necessária para não mais pecar. A atuação da vida pública de
Jesus sempre se deu em duas frentes: a do homem e a do mundo. “Eis o Cordeiro que
tira o pecado do mundo”. Há um caminho a nossa disposição. Basta que sejamos atentos
e queiramos ser perdoados. Uma vida nova pode se recomeçada. É preciso que consultemos
nossa consciência e abramos o nosso coração e a nossa vontade em direção a esse Jesus,
“rosto divino dos homens, rosto humano de Deus”. Padre Wagner Augusto Portugal Vigário
Judicial da Diocese da Campanha(MG)