PE. LOMBARDI COMENTA DISCURSO DO PAPA AO CORPO DIPLOMÁTICO
Cidade do Vaticano, 11 jan (RV) – Os Estados que atualmente mantêm relações
diplomáticas plenas com a Santa Sé são 178. A esses se somam a União Européia, a Ordem
Soberana Militar dos Cavaleiros de Malta, e uma missão de caráter especial que é o
escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
No que diz
respeito às organizações internacionais, a Santa Sé está presente nas Nações Unidas,
na qualidade de Estado observador, e é membro de sete organizações e agências da ONU.
Além disso, é Estado observador em outras oito organizações, e membro e observador
de cinco organizações regionais.
Referindo-se ao discurso que Bento XVI fez,
nesta segunda-feira, ao corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, o diretor da
Sala de Imprensa vaticana, Pe. Federico Lombardi, comentou as tantas questões importantes
expostas pelo Pontífice, detendo-se na questão da liberdade religiosa. Segundo ele,
"o Papa acrescentou um novo capítulo de grande importância aos esforços decisivos
em favor da liberdade religiosa no mundo".
Relembrando algumas das ocasiões
em que o Pontífice defendeu, em alta voz, essa bandeira, Pe. Lombardi citou a intervenção
do Santo Padre por ocasião da Assembleia Especial para o Oriente Médio, do Sínodo
dos Bispos, o discurso que Bento XVI proferiu em Londres, no Westminster Hall, e os
recentes apelos depois dos trágicos atentados contra as igrejas cristãs no Iraque
e no Egito, entre outros.
Pe. Lombardi ressaltou que o discurso de ontem ao
corpo diplomático trouxe "uma série de indicações sobre lugares e situações onde o
direito à liberdade religiosa é violado ou questionado, muitas vezes, de forma radical".
Segundo
Pe. Lombardi, o modo explícito e corajoso com que o Papa apresenta sua proposta do
direito à liberdade religiosa para todos, encorajando, nesse sentido, ao diálogo inter-religioso
e ao empenho de todas as autoridades religiosas e civis, na convicção de servir assim,
de maneira eficaz, à dignidade da pessoa humana e a paz, e defendendo a liberdade
da presença construtiva e benéfica e do testemunho cristãos no mundo e na cultura
de hoje, está-se tornando, certamente, um dos traços marcantes e característicos deste
pontificado e de sua missão histórica. (ED)