2011-01-11 12:13:14

HAITI: SOLIDARIEDADE DO PAPA


Porto Príncipe, 11 jan (RV) - Um ano após o terremoto que, em 12 janeiro de 2010, abalou fortemente o Haiti, deixando um saldo de mais de 250 mil mortos, Bento XVI enviou o presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, Cardeal Robert Sarah, a esse país caribenho.

Visitando algumas comunidades religiosas de Léogane, nesta segunda-feira, o purpurado levou ajudas econômicas no valor de mais de um milhão e 200 mil dólares.

Entretanto, a situação da população continua crítica. O Núncio Apostólico no Haiti, Dom Bernardito Auza, recorda, em particular, que mais de um milhão de pessoas ainda vivem em acampamentos. As dificuldades na reconstrução e a propagação da epidemia de cólera, assim como o aumento dos casos de violência sexual compõem uma situação que se vê agravada pelo difícil quadro político haitiano, segundo disse à Rádio Vaticano, o responsável pela área internacional da Caritas italiana Paolo Beccegato, consultor do Pontifício Conselho Cor Unum.

De acordo com Beccegato, o processo eleitoral não se concluiu e o novo presidente não foi nomeado. Portanto, existe uma situação que impede uma programação a médio e longo prazo. Essa situação – destaca Beccegato – cria um impasse também para o trabalho da Caritas.

No entanto, ressalva Beccegato, está ocorrendo um fenômeno novo: muitas pessoas estão voltando às suas províncias de origem, de onde haviam partido. O terremoto, portanto – embora tenha sido um trágico evento – está levando as pessoas de volta para casa, para sua terra natal, o que poderia ser uma oportunidade para repensar o país inteiro, e numa chave mais agrícola.

Por isso, também nós, da Caritas – sublinhou Beccegato – iniciamos, em várias províncias, diversos projetos agrícolas, para permitir que as pessoas tenham, antes de tudo, um trabalho e, depois, também uma nova esperança.

O objetivo – concluiu – é que os projetos não sejam todos concentrados em Porto Príncipe, mas que tenham uma dimensão de vilarejo, mais popular, mais em contato com as raízes e tradições. Isso permite que as pessoas tenham mais afinidades e lhes oferece também mais perspectivas. (SP)







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