2011-01-11 12:53:00

Comentário do Padre Lombardi ao discurso do Papa ao Corpo Diplomático


(11/1/2011) “Com o discurso ao Corpo Diplomático, o Papa acrescentou um novo capítulo de grandíssima importância ao decidido empenho a favor da liberdade religiosa no mundo. Empenho que, embora sempre vivo, nos últimos meses se foi tornando cada vez mais incisivo nas declarações públicas das mais altas autoridades da Igreja Católica. Esta a reflexão do Padre Federico Lombardi, director da Sala de imprensa da Santa Sé, que em declarações á Rádio Vaticano salienta a este propósito que basta recordar as intervenções do Papa por ocasião do Sínodo para o Médio Oriente, o seu grande discurso em Londres, no Westminster Hall, os recentes apelos depois dos trágicos atentados contra igrejas cristãs no Iraque e no Egipto; ou a intervenção do Cardeal Secretário de Estado na Cimeira da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), em Astana.

Se a recente Mensagem para o Dia Mundial da Paz tinha finalmente oferecido um amplo panorama sobre os fundamentos do direito à liberdade religiosa e sobre a necessidade de a tutelar perante os riscos e ataques – tanto violações concretas e dramáticas, como também posições negativas, de origem ideológico-cultural, com consequências jurídicas – o discurso ao Corpo Diplomático ofereceu agora uma impressionante série de indicações sobre os lugares e situações em que este direito é abertamente violado, ou posto em questão de modo mais ou menos explícito e radical . Não se pode criticar o Papa por não ter falado claramente!. Toda a gente pode entender sem dificuldade o que ele tem dito.
Há que observar ainda que , enfrentando este tema, o Papa se coloca no coração da sua missão. Nunca esquecemos que no primeiro discurso do pontificado, na Capela Sistina, Bento XVI indicava Deus e a relação do homem com Deus, como a primeira das prioridades.
É portanto daqui que parte cada empenho, seu e da Igreja, ao serviço da pessoa e da comunidade humana. Mesmo a presença da Igreja no mundo das relações internacionais visa antes de mais promover a causa de Deus como garante da causa do homem.
O modo explícito e corajoso como o Papa Bento desempenha o seu serviço de proposta do direito à liberdade religiosa para todos, encorajando para tal o diálogo inter-religioso e o empenho de todas as autoridades religiosas e civis, na convicção de servir assim eficazmente a dignidade da pessoa humana e a paz, e defendendo a liberdade da presença construtiva e benéfica e do testemunho cristão no mundo e na cultura de hoje, está a tornar-se, sem dúvida, um dos traços característicos deste pontificado e da sua missão histórica."








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