2011-01-07 13:33:34

APELO DOS BISPOS MARFINENSES PELO DIÁLOGO NACIONAL


Abidjan, 07 jan (RV) - A Conferência Episcopal da Costa do Marfim declarou sua oposição à idéia de uma intervenção militar no país por parte das Nações Unidas ou da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO/ECOWAS), por causa da crise criada após as eleições presidenciais de 28 de novembro passado.

A Costa do Marfim possui, atualmente, dois governos porque o presidente Laurent Gbagbo não aceitou a derrota eleitoral, recusando-se a deixar o cargo a Alassane Ouattara, vencedor das eleições presidenciais e reconhecido como presidente pela comunidade internacional.

Depois de denunciar a lamentável situação de um país dividido, com dois Chefes de Estado e dois Governos, a Conferência Episcopal da Costa do Marfim ressalta que sempre escolheu o caminho da mediação, encontrando os "nossos irmãos Laurent Gbagbo e Alassane Dramane Ouattara e os mediadores enviados pela CEDEAO". São eles os presidentes do Benin, Serra Leoa e Cabo Verde, e o primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, representando a União Africana.

Os bispos fizeram um apelo a Ouattara e Gbagbo para que encontrem, através do diálogo, uma solução pacífica a essa crise política e institucional que perturba o país. "Isso seria um ato de coragem, humildade e amor pelo nosso país" – frisam os prelados.

Os bispos pedem aos dois protagonistas da crise para que convidem seus militantes à calma e à moderação. A Conferência Episcopal da Costa do Marfim convida a ONU a agir conforme os princípios fundamentais que governam a organização e que respeitam os direitos humanos.

Os bispos fazem um apelo à União Africana e à CEDEAO para que se lembrem dos princípios da solidariedade africana e indicam as conseqüências negativas, para o país, de uma intervenção militar. (MJ)







All the contents on this site are copyrighted ©.