2011-01-05 13:18:01

Bento XVI: É preciso libertar o Natal de revestimento «moral e sentimental» excessivo. O Papa sublinha a unidade entre o nascimento e ressurreição de Cristo


(5/1/2011) Não confinar o tempo natalício a uma dimensão demasiado moralista e sentimental. Natal não é só recordação; é sobretudo mistério. Incarnação e Páscoa estão intimamente ligados. – Aspectos sublinhados por Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, com uma catequese dedicada precisamente ao verdadeiro sentido do Tempo litúrgico do Natal.
A noite de Natal está profundamente ligada à grande vigília nocturna na Páscoa – observou o Papa.
“Incarnação e Páscoa não estão uma ao lado da outra, mas são os dois pontos chave inseparáveis da única fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado e redentor. Cruz e Ressurreição pressupõem a Incarnação”.
“Assim, a celebração litúrgica de Natal não é mera recordação, mas é sobretudo mistério; não é só memória, é também presença” – sublinhou Bento XVI.
“Há que resgatar este Tempo natalício de um revestimento demasiado moralista e sentimental. A celebração do Natal não nos propõe apenas exemplos a imitar , como a humildade e a pobreza do Senhor, a sua benevolência e amor para com os homens; é sobretudo o convite a deixarmo-nos transformar totalmente por Aquele que entrou na nossa carne”.
Mas ouçamos o resumo desta catequese nas palavras pronunciadas em língua portuguesa: RealAudioMP3
“Queridos irmãos e irmãs,

O tempo do Natal nos causa um fascínio particular porque se relaciona com as aspirações e esperanças mais profundas do coração humano. Nas recentes celebrações litúrgicas, vivenciamos, de modo misterioso - mas real - a vinda do Filho de Deus no mundo. Com efeito, celebrar os eventos da encarnação do Filho de Deus não é fazer uma simples recordação de fatos do passado, mas é tornar presente os mistérios que trazem a nossa salvação. Neste sentido, o Natal é o começo do mistério central da salvação – a Páscoa - pois, ao encarnar-se, Jesus dá início ao oferecimento de si mesmo, que culmina com a sua paixão, morte e ressurreição. Assim sendo, a celebração do Natal não somente nos propõe exemplos a serem imitados, como a humildade e pobreza do nosso Salvador, mas, acima de tudo, é um convite para que nos deixemos transformar totalmente por aquele que assumiu a nossa carne.
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Saúdo com profunda amizade os peregrinos de língua portuguesa presentes nesta Audiência, particularmente os fiéis vindos do Brasil. Neste início de ano, invoco sobre todos vós as luzes e bênçãos do Céu, para que possais anunciar e testemunhar alegremente, com palavras e obras, a vinda do Verbo que se fez carne. Ide em paz!”








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