2011-01-04 13:40:27

Atentado contra igreja no Egipto é uma «abjecção» . Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso apela ao «diálogo» e sublinha que deve evitar-se a «cólera» e a «indiferença»


(4/1/2011) O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Jean-Louis Tauran, considerou que o atentado no último Sábado contra uma igreja na cidade egípcia de Alexandria é uma “abjecção”.
“A palavra que me vem à mente é ‘abjecção’, porque nos encontramos diante de uma perversão da religião: nenhuma religião pode ‘justificar’ um tal modo de proceder, na medida em que ele atinge homens e mulheres que estão em oração e que, portanto, exprimem a dimensão mais nobre da pessoa humana”, salientou em entrevista á Radio Vaticano.
O prelado francês defende que deve evitar-se a “cólera”, uma “má conselheira”, e a “indiferença”, ao mesmo tempo que se aposta em soluções tendentes à paz: “Encontramo-nos frente às forças do mal: mas o mal vence-se com o bem. Isto significa que o diálogo deve ser intensificado”, afirmou.
Para o cardeal Jean-Louis Tauran “são necessárias, antes de mais, as armas ‘morais’, que dão força e prestígio ao Direito Internacional, a começar pela observância dos acordos”, pelo que urge “colocar em prática todas as belas declarações comuns” assinadas entre os Estados.
De acordo com a AFP, as forças de segurança egípcias reforçaram o estado de alerta junto das igrejas após o atentado que, segundo as autoridades locais, terá sido perpetrado por um bombista suicida agindo em nome de terroristas estrangeiros.
O patriarca copta ortodoxo Shenouda III afirmou que mantém a intenção de celebrar a missa de Natal na data prevista, a 7 de Janeiro, apesar dos riscos.








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