Testemunhas credíveis de Deus somente se estivermos ao serviço da humanidade: mensagem do Papa para o encerramento do Ano Santo Compostelano

(1/1/2011) Os peregrinos que se deslocam a Santiago de Compostela levem para as suas casa a luz da presença de Cristo, de maneira a reforçar as raízes cristãs da Europa. Estes em síntese os votos formulados por Bento XVI numa mensagem ao arcebispo de Santiago de Compostela D. Julian Barrio Barrio, por ocasião da conclusão do ano santo compostelano. ocorrido na tarde deste sexta feira.
A luz de Santiago de Compostela seja sentida na Europa como um convite constante a revigorar as próprias raízes cristãs e portanto a aumentar o empenho a favor da solidariedade e de uma forte defesa da dignidade do homem. Os bons votos do Papa fundamentam-se numa base concreta: a difundir esta luz á sua volta devem ser os peregrinos que anualmente – 270 mil só em 2010) – empreendem o caminho até ao tumulo do Apostolo Tiago. Este percurso, foi a analogia do Papa, seja para eles como aconteceu para os discípulos que encontraram Cristo no caminho de Emaús. É um encontro – lê-se na mensagem ao arcebispo Barrio Barrio, que não pode deixar indiferentes. Os peregrinos devem regressar ás suas casas, como regressaram á Jerusalém os discípulos de Emaús, com alegria e gratidão, para comunicar a todos que Cristo tinha ressuscitado e lhes aparecera vivo. Isto, observou o Papa, tornou-os mensageiros alegres e confiantes de Cristo vivo, que é um bálsamo para as nossas penas e fundamento da nossa esperança. Deste renovada profissão de fé, prossegue o Papa, deve brotar o propósito de reforçar a nossa fé cada dia, participando regularmente nos mistérios da graça, confiados á Igreja, e dando um exemplo eficaz e concreto de caridade. Caso contrário, escreve ainda o Papa , não seremos testemunhas credíveis de Deus, se não formos colaboradores fiéis e servidores dos homens.. E este serviço tendente a uma profunda compreensão e uma corajosa defesa do homem é uma exigência do Evangelho e um contributo essencial para a sociedade, da nossa condição de cristãos.