2010-12-29 12:03:50

CARDEAL TAURAN: NINGUÉM CONSEGUIRÁ ACABAR COM OS CRISTÃOS NO ORIENTE MÉDIO


Cidade do Vaticano, 29 dez (RV) - Ninguém conseguirá acabar com a presença dos cristãos no Oriente Médio. Eles fazem parte da historia da Igreja naquelas terras. Eles são historia, mas precisam da nossa solidariedade. Esta a certeza expressa pelo cardeal Jean- Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso numa entrevista ao L’Osservatore Romano.

Trata-se apenas de ajudar as varias comunidades religiosas a conhecerem-se mais, a aprender a trabalhar juntas para o bem comum. Só assim será possível isolar os fundamentalistas e debelar a violência - acrescentou.

Segundo L’Ossservatore Romano a condição dos cristãos naquela vasta área do mundo foi certamente a fonte de maior preocupação para o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso neste ano que está terminando.

Não foi por acaso que o Cardeal Tauran efetuou 10 viagens a países com maioria islâmica, ou a países onde a presença islâmica é significativa e exige uma atenção especifica para encontrar a maneira de desenvolver o diálogo entre as varias religiões.

Sobre os episódios dramáticos como as atentados sangrentos destes dias contra os cristãos, que se seguira, ao massacre na catedral de Bagdá em outubro, segundo o Cardeal Tauran trata-se certamente de episódios muito graves que nos fazem perceber quais são os níveis de crueldade que o terrorismo pode assumir. Antes, pelo menos os lugares sagrados eram respeitados; agora pelo contrário tornam-se alvo preferido, sobretudo quando acolhem gente que reza. O Cardeal Tauran nesta entrevista ao L’Osservatore Romano mostra-se convencido de que se trata de ações provenientes de ambientes extremistas que não recolhem consenso no mundo islâmico.

Pessoalmente afirmou ter recebido muitos testemunhos de solidariedade e palavras de condenação vindos de todos os chefes religiosos do Iraque e de outros países. Mas acrescentou ter recebido muitas solicitações no sentido de promover novas e contínuas iniciativas de diálogo, com a certeza de que a maior parte dos responsáveis da comunidade islâmica deseja prosseguir no caminho do respeito e do diálogo para isolar cada vez mais todos aqueles que procuram instrumentalizar as diferenças com fins políticos ou de poder.

O problema – explicou – é fazer penetrar o fruto do grande trabalho que se faz entre chefes religiosos até à base, e de o fazer chegar aos vértices dos sistemas legislativos, para que se transforme em leis de proteção. Não só: a atenção deve ser prestada ao mundo da informação e da formação. É necessário promover o respeito e o conhecimento uns dos outros. (SP)







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