2010-12-28 18:43:55

Os cristãos ficarão no Médio Oriente mas precisam da nossa solidariedade


(28/12/2010) Ninguém conseguirá desenraizar a presença dos cristãos no Médio Oriente. Fazem parte da historia da Igreja naquelas terras. Eles próprios são historia. Mas precisam da nossa solidariedade. Esta a certeza expressa pelo cardeal Jean- Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o diálogo interreligioso numa entrevista ao Osservatore Romana.
Trata-se apenas de ajudar as varias comunidades religiosas a conhecerem-se mais, a aprender a trabalhar juntas para o bem comum. Só assim será possível isolar os fundamentalistas e debelar a violência - acrescentou.
Segundo L’Ossservatore Romana a condição dos cristãos naquela vasta área do mundo foi certamente a fonte de maior preocupação para o Conselho Pontifício para o diálogo inter religioso neste ano que está par terminar.
Não foi por acaso que o Cardeal Tauran efectuou 10 viagens a países com maioria islâmica, ou contudo países nos quais a presença islâmica é significativa e exige uma atenção especifica para encontrar a maneira de desenvolver o diálogo entre as varias religiões.
Acerca dos episódios dramáticos como as atentados sangrentos destes dias contra os cristãos, que se seguiram, ao massacre na catedral de Bagdade em Outubro, segundo o cardeal Tauran trata-se certamente de episódios muito graves que nos fazem perceber quais são os níveis de crueldade que o terrorismo pode assumir. Antes, pelo menos os lugares sagrados eram respeitados; agora pelo contrário tornam-se alvo preferido sobretudo quando acolhem gente que reza. O cardeal Tauran nesta entrevista ao Osservatore Romano mostra-se convencido de que se trata de acções que vêem de ambientes extremistas que não recolhem consenso no mundo islâmico. Pessoalmente – afirmou ter recebido muitos testemunhos de solidariedade e palavras de condenação vindos de todos os chefes religiosos do Iraque e de outros países. Mas acrescentou ter recebido muitas solicitações no sentido de promover novas e continuas iniciativas de diálogo, com a certeza de que a maior parte dos responsáveis da comunidade islâmica deseja prosseguir no caminho do respeito e do diálogo para isolar cada vez mais todos aqueles que procuram instrumentalizar as diferenças com fins políticos ou de poder.
O problema – explicou – é fazer penetrar o fruto do grande trabalho que se faz entre chefes religiosos até á base, e de o fazer chegar aos vértices dos sistemas legislativos, , para que se transforme em leis de protecção. Não só: a atenção deve ser prestada ao mundo da informação e da formação. É necessário promover o respeito e o conhecimento uns dos outros.








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