Manila, 28 dez (RV) - Nas Filipinas foi identificado um suspeito da explosão
de uma bomba no telhado de uma igreja durante a missa de Natal, em Jolo. Ao dar a
notícia o Presidente filipino, Benigno Aquino, também afirmou que nessa área do país,
reduto de rebeldes islâmicos, começou uma “nova campanha” de terror. Durante o ataque,
pelo menos seis pessoas ficaram feridas, incluindo o padre que celebrava a missa.
Em Jolo são muito ativos os rebeldes islâmicos do grupo Abu Sayyaf, ligado à Al Qaeda.
Uma forte condenação do ataque foi feita pelos ulemás do país que convidam
todos os muçulmanos a “levantarem-se contra esses grupos que usam o Islã para seus
próprios interesses”.
Falando à Rádio Vaticano o missionário do PIME nas Filipinas,
Padre John King disse que o ataque ocorreu em uma capela em uma pequena paróquia,
localizada em um acampamento militar. A notícia de hoje é que se teme que o ataque
tenha sido realizado pela Jemaa Islamya ou pelo grupo Abu Sayyaf, ligado à Al Qaeda.
A situação nessa área – disse ainda o sacerdote – continua crítica, particularmente
em relação às pequenas comunidades cristãs, que se encontram nesta região. As outras
áreas das Filipinas são, felizmente, mais pacíficas, com exceção das áreas onde há
uma forte presença muçulmana.
Perguntado sobre o por que dessa violência contra
os cristãos, o missionário respondeu que “estes grupos, ligados ao movimento de Al
Qaeda, querem expulsar todos os cristãos destas áreas. Recentemente, alguns professores
cristãos foram seqüestrados e quando foram liberados lhes disseram: “é melhor que
vocês vão embora daqui, porque não queremos professores cristãos nesta área”. Trata-se
de pequenos grupos vinculados à Al Qaeda. Em outros lugares essa violência nem sempre
está ligada ao terrorismo de grupos islâmicos: às vezes se trata somente de atos de
criminalidade comum, feito com o único propósito de ganhar dinheiro”, concluiu o missionário.
(SP)