Roterdã, 28 dez (RV) – Cerca de 30 mil jovens irão participar do 33° Encontro
Europeu de Taizé, que tem início nesta terça-feira, 28 de dezembro e se conclui no
próximo 1º de janeiro 2011, em Roterdã, na Holanda. Está nova etapa da “Peregrinação
de Confiança” animada pela Comunidade ecumênica tem este ano, como reflexão a “Carta
do Chile”, escrita pelo irmão Alois, prior de Taizé. Através desta Carta, os jovens
serão convidados a refletir sobre a alegria e sobre a solidariedade com os que sofrem,
“uma alegria que resiste ao desalento”.
Roterdã é a terra natal de Erasmus,
humanista, teólogo e padre católico que viveu entre os séculos XV e XVI e que dá nome
a um programa de intercâmbio com estudantes universitários da União Europeia. Os jovens
ficarão nas 150 igrejas de acolhimento e à tarde se encontrarão no parque de exposições
da cidade (Ahoy), para as refeições e para as orações comunitárias. Os encontros da
tarde ajudarão os jovens a refletir sobre as fontes da fé e sobre o seu compromisso
ao serviço de Cristo, na Igreja e na sociedade.
Estes encontros terão lugar
nas tardes dos dias 29 e 30 de Dezembro e serão animados por irmãos de Taizé e também
por membros da comunidade local. O irmão Alois falará aos jovens todas as noites durante
a oração comunitária no Parque de Exposições (Ahoy).
O acolhimento aos peregrinos
conta com a colaboração de paróquias católicas e protestantes de cidades próximas,
como Haia ou Delft. Nesse interim, o Papa Bento XVI, o Secretário-Geral da ONU
e o Presidente do Conselho Europeu, além de responsáveis do mundo cristão protestante
e ortodoxo, enviaram mensagens de estímulo e reconhecimento por ocasião do Encontro
Europeu de Taizé em Roterdã.
Referindo-se à iniciativa o Papa “invoca a força
e a paz do Espírito Santo” sobre os jovens, assim como sobre os pastores, paróquias
e famílias que os acolhem, na esperança de que os participantes sejam conduzidos “às
fontes da alegria”.
Por sua vez, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban
Ki-Moon, sublinha que “na era em que os desafios ultrapassam fronteiras e têm um alcance
global”, o futuro “depende de um bom trabalho coletivo”.
O responsável afirma
que a ONU conta com os jovens “neste tempo de provação” para levarem a “chama da solidariedade
global” e para ajudarem a Organização “a dar aquilo que o mundo precisa neste momento
crucial”.
O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, escreve que
se enche “de alegria interior” ao ouvir o nome de Taizé, “com seus irmãos, os seus
jovens e menos jovens, de religião cristã mas de confissões diferentes, trazendo cada
um, pela sua presença, uma porção de esperança a uma humanidade sempre a caminho”.
Dirigindo-se
aos mais de 30 mil jovens da Europa e de outros continentes em Roterdã, o Patriarca
Bartolomeu de Constantinopla, da Igreja Ortodoxa, lembra que eles “são o futuro da
Igreja” e que lhes cabe a “responsabilidade de agir na sociedade”, promovendo “os
princípios de justiça e de amor”. (SP)