2010-12-23 14:57:22

Preocupações da comunidade internacional e da Igreja Católica na Costa do Marfim pela situação de violência no país


(23/12/2010) A Igreja Católica na Costa do Marfim manifestou a sua preocupação pela situação de violência no país, depois das eleições presidenciais realizadas a 28 de Novembro, apelando a uma “solução pacífica e democrática”.
Laurent Gbagbo, presidente cessante, e Alassane Ouattara, presidente reconhecido pela comunidade internacional, reclamam ambos vitória nas presidenciais, tendo formado dois governos.
Para o arcebispo de Abidjan e porta-voz do “colectivo de líderes religiosos para eleições pacíficas”, D. Jean-Pierre Kutwa, é preciso que Gbagbo e Alassan “sejam razoáveis”, convidando a população à calma.
“Deus não abandonará a Costa do Marfim e é ainda possível encontrar uma solução pacífica e democrática”, disse, numa intervenção publicada pelo jornal do Vaticano, «L’Osservatore Romano».
Os líderes religiosos da Costa do Marfim lamentaram que se tenha passado “da violência verbal à violência física”, admitindo que “o pior ainda está para vir”.
“Desejamos ter um presidente acima dos clãs, das tribos, das religiões, um presidente capaz de liderar o nosso país e aqueles que nele habitam, em direcção ao pleno desenvolvimento”, aponta D. Jean-Pierre Kutwa.
A comunidade internacional reconheceu a vitória de Ouattara, que se encontra refugiado num hotel de Abidjan, protegido por tropas da missão das Nações Unidas no país.

A União Europeia apelou à saída imediata de Laurent Gba-Gbo....numa primeira série de sanções contra o presidente cessante daquele país africano que se recusa a ceder o poder.
Numa declaração difundida ontem à noite, a porta-voz da diplomacia europeia diz que é importante que a passagem de poder aconteça sem demoras e sem requisitos, e que a vitória de Alassane Quattara nas presidenciais não seja posta em causa.
Uma situação que leva o governo português a aconselhar os imigrantes portugueses residentes naquele país africano a abandonarem o país, ainda que provisoriamente......
Um pedido de Lisboa extensivo àqueles que queiram viajar para a Costa do Marfim para o não fazerem neste momento...
Segundo o secretariado de Estado das Comunidades Portuguesas, na Costa do Marfim estão neste momento 12 portugueses, de acordo com os registos oficiais…mas não há, até agora notícias de problemas envolvendo portugueses nem de pedidos para a saída do país...
Filomena Lopes, uma angolana casada com um português que reside em Abidjan dá conta de um ambiente de medo.... RealAudioMP3
RM…FILOMENA 1
Apesar da situação, Filomena Lopes recusa-se a deixar o país... para não perderem tudo o que ganharam ao longo da vida....
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E Filomena Lopes, acredita ainda, que, apesar das circunstâncias, os portugueses vão resistir e não vão abandonar o país...
RM…FILOMENA 4
O testemunho de Filomena Lopes, uma angolana a viver na capital da Costa do Marfim......
Na análise à situação que se vive no país, Vitor Ângelo, antigo vice-secretário geral das Nações Unidas traça um quadro preocupante e considera que é fundamental manter a pressão internacional para evitar o pior...
RM…VATICANO D23-4´17”
A opinião de Vitor Ângelo, antigo vice do secretário-geral das Nações Unidas entrevistado pelo nosso correspondente em Portugal Domingos Pinto...
O Conselho de Segurança da ONU promove em Nova Iorque nova reunião de emergência sobre a situação na Costa do Marfim, dois dias depois de prolongada a missão internacional naquele país.
A pedido da Nigéria, que representa o grupo africano, também o Conselho dos Direitos Humanos da ONU reúne em sessão especial, de onde deverá sair uma resolução conjunta.
A União Europeia, os Estados Unidos e a União Africana já decretaram sanções contra Gbagbo e os seus apoiantes -- as primeiras das quais entram hoje em vigor -- mas este reafirmou na terça-feira que é "o presidente legítimo" do país.
A violência entre os dois lados já provocou pelo menos 173 mortos, de acordo com as Nações Unidas, que temem que a Costa do Marfim possa regressar a uma guerra civil.
Gbagbo pediu a retirada das forças da ONU da Costa do Marfim, mas a organização internacional decidiu reforçar e prolongar a presença da missão internacional, que garante a segurança de Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como presidente eleito. Mas forças de Gbagbo apertam o cerco.
Vários países como a França, Alemanha ou Portugal, já recomendaram aos seus cidadãos que residam na Costa do Marfim para abandonarem o país.








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