Cidade do Vaticano, 18 dez (RV) – A Santa Sé deplora, com profunda dor, a realização
da Oitava Assembléia dos Representantes Católicos Chineses, que se deu de 7 a 9 de
dezembro passados, com a participação forçada de numerosos bispos, sacerdotes, religiosas
e fiéis leigos. Assim se lê em um comunicado da Sala de Imprensa vaticana.
“As
modalidades da convocação da Assembléia e o seu desenvolvimento - afirma o comunicado
-manifestaram um comportamento repressivo no que se refere ao exercício da liberdade
religiosa, o qual, esperávamos, fosse algo já superado na China.”
A mensagem
da Santa Sé prossegue, dizendo que “a persistente vontade de controlar a esfera mais
íntima dos cidadãos, ou seja, as suas consciências, e de ingerência na vida interna
da Igreja é um sinal de temor e fraqueza”.
“A Santa denuncia o fato de que
muitos bispos e sacerdotes foram forçados a participar da Assembléia.” Durante a Assembléia
foram designados os responsáveis da assim chamada Conferência Episcopal e da Associação
Patriótica Chinesa. O comunicado da Santa Sé recorda que o “atual Colégio dos Bispos
Católicos da China não é reconhecido como Conferência Episcopal da Sede Apostólica”.
Encerrando o documento, a Santa Sé afirma que permanece urgente o convite
que Bento XVI fez a todos os católicos do mundo, em primeiro de dezembro passado,
para todos rezarem pela Igreja na China, que está vivendo momentos particularmente
difíceis. (ED)