Nenhum doente se sinta esquecido ou marginalizado: é o pedido de Bento XVI na sua
mensagem para o Dia Mundial do Doente de 2011
(18/12/2010) Uma sociedade que não consegue aceitar as pessoas que sofrem e não é
capaz de contribuir mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja partilhado
e levado também interiormente é uma sociedade cruel e desumana. Citando a sua encíclica
Spe salvi, Bento XVI reafirma esta admoestação na sua mensagem para o próximo dia
mundial do doente, de 11 de Fevereiro de 2011, cujo texto foi publicado neste sábado. Se
cada homem é nosso irmão, tanto mais o débil, aquele que sofre e aquele que precisa
de cuidados no âmbito da saúde devem estar no centro da nossa atenção, para que
nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado, escreve o Papa . De facto, prossegue
citando a encíclica Spe salvi, a medida da humanidade determina-se essencialmente
na relação com o sofrimento e com aquele que sofre. Isto vale para as pessoas singularmente
e para a sociedade. Na mensagem Bento XVI convida a reflectir sobre o tema “ pelas
suas chagas fostes curados”, recordando que é precisamente através das chagas de Cristo
que nós podemos ver, com olhos de esperança, todos os males que afligem a humanidade.
Ressuscitando – escreve o Papa –o Senhor não tirou o sofrimento e o mal do mundo,
mas venceu-os á raiz. À prepotência do mal opôs a omnipotência do seu Amor. Bento
XVI recorda a sua visita a Turim em Maio passado e a paragem diante do Santo Sudário,
e ao mesmo tempo dirige-se aos jovens em vista da do Dia Mundial da Juventude de Madrid
de Agosto de 2011 para dizer que muitas vezes a Paixão, a Cruz de Jesus metem medo,
porque parecem ser a negação da vida. Na realidade, é exactamente o contrário! A Cruz
– explica – é o sim de Deus ao homem, a expressão mais alta e mais intensa do seu
amor, a fonte donde brota a vida eterna. Aos jovens o Papa recomenda que reconheçam
e sirvam Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos que sofrem e se encontram
em dificuldades, aqueles que precisam de ajuda. A concluir Bento XVI dirige uma
saudação afectuosa aos bispos, padres, pessoas consagradas, seminaristas, agentes
no campo da saúde, voluntários e a todos aqueles que se dedicam com amor a cuidar
e a aliviar as chagas de cada irmão ou irmã doentes, nos hospitais ou casa de cura,
nas famílias. Nos rostos dos doentes – afirma o Papa – saibais ver sempre o rosto
dos rostos: aquele de Cristo